Preso no começo do mês na Bolívia, Elvis Riola de Andrade, o Cantor, de 46 anos, ex-diretor da escola de samba Gaviões da Fiel e acusado de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), mantinha uma vida de luxo ao lado da mulher e de cinco filhos em Santa Cruz de La Sierra.
Relatórios de inteligência apontam que o criminoso era dono de diversos estabelecimentos, como bares e restaurante, tinha uma coleção de carros de luxo e contava até mesmo com um motorista particular.
Com passagens por homicídio e tráfico de drogas, Elvis acabou preso no dia 11 de janeiro e extraditado para o Brasil. Ele foi condenado por executar a tiros um agente penitenciário a mando de líderes do PCC.
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Cantor foi entregue a policiais militares brasileiros na fronteira entre Puerto Quijarro e Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
“Não vamos permitir que criminosos com antecedentes no exterior invadam a paz do povo boliviano”, comemorou Eduardo Del Castillo, ministro de Governo do país vizinho. “Firme na luta contra o crime transnacional.”
Morte de agente penitenciário
Cantor respondeu pelo homicídio do agente penitenciário Denilson Dantas Jerônimo, de 27 anos, morto em Presidente Bernardes, no interior paulista, em 2009.
O agente penitenciário foi assassinado no portão de casa, na frente da namorada. Segundo a investigação, a execução do agente de segurança havia sido decretada por líderes do PCC.
Na década de 2010, Cantor chegou a cumprir pena na Penitenciária 2 (P2) de Presidente Venceslau, no interior paulista, onde também estava a alta cúpula da facção.
Ele também respondeu a uma investigação por tráfico de drogas.