O deputado federal pelo Paraná Luciano Alves (PSD) diz ter sido vítima de um calote, após pagar pelo serviço de instalação de um aparelho de som no carro dele, na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A confusão envolvendo o parlamentar e o responsável pelo serviço acabou na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), na tarde deste sábado (2/3).
A coluna Na Mira apurou que houve um tumulto na feira e a Polícia Militar do DF precisou ser acionada. Todos os envolvidos acabaram na delegacia, onde registraram boletim de ocorrência.
Aos policiais, o deputado relatou que procurou o técnico de som no início de fevereiro para instalar um novo equipamento de som no veículo dele. Porém, o homem identificado, apenas como Mateus, teria sumido por dois dias com o carro do parlamentar.
“Ele me passou um número de telefone que não existia. Só consegui localizar meu carro após entrar em contato com o pai dele, que me falou que o filho tinha problemas psicológicos. Meu veículo foi encontrado no Recanto das Emas, todo sujo de lama e batido”, contou Luciano.
Imagens feitas pelo assessor do deputado mostram o estado em que a caminhonete foi encontrada. Veja:
Luciano alega ter pago mais de R$ 2 mil pelo serviço de som. No entanto, recebeu o carro sem o alto falante. “Ele desmontou a caixa de som, alto falante, tudo. Depois descobri que ele tinha vendido esses equipamentos”, disse.
Nesse sábado, o deputado foi atrás do técnico na feira, na intenção de tentar reaver o resto dos equipamentos. “Dei algumas voltas pelo local em busca dele até descobrir que ele não é funcionário fichado de nenhuma das lojas, apenas faz bicos. E ele me confirmou que tinha vendido tudo”.
O congressista, então, comunicou que iria à delegacia registrar um boletim de ocorrência contra o técnico. “Nesse momento, ele ligou para a Polícia Militar e disse que eu estava drogado e com um revólver, ameaçando ele. Mas não teve ameaça da minha parte”, defende-se.
A Polícia Militar do DF foi acionada e encaminhou Luciano e o feirante para a delegacia.
Todavia, em depoimento à polícia, o feirante Mateus alegou que Luciano não teria pago o serviço de instalação de som. Por conta disso, ele teria devolvido o som para a fornecedora do equipamento e entregou o carro de volta para o parlamentar.
Neste sábado, o homem disse ter sido surpreendido com o deputado na loja em que ele trabalhava. Segundo ele, Luciano estava alterado e teria o ameaçado com uma arma.
O caso é investigado pela Polícia Civil do DF. O deputado registrou uma ocorrência por apropriação indébita após prejuízo de R$ 10 mil. Já o técnico, denunciou Luciano por ameaça.
A reportagem tentou contato com Mateus para ouvir diretamente dele a versão dos fatos. O espaço segue aberto para futuras manifestações.