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DF melhora desempenho e passa a ter 6 médicos a cada 1 mil pacientes

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Em 4 anos, mais de 1,5 mil médicos se formaram, no Distrito Federal. De acordo com dados divulgados nessa segunda-feira (8/4) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a média de profissionais para cada 1 mil habitantes também aumentou, saindo de 5,54, em 2020, para 6,31 em 2024.

Ainda segundo dados do CFM, em 2020, o DF tinha uma média de 5,54 médicos para 1 mil habitantes. A projeção da época considerou uma população de 2.974.360 habitantes e 16.483 médicos.

O novo cálculo, disponível nos dados de 2024, considerou uma população de 2.860.466 e 18.045 médicos com registro ativo no conselho — o valor representa um aumento de 75% em 13 anos.

Maioria está na rede privada

Segundo o Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (Sindmédico-DF), pelo menos 76% dos médicos do DF atendem por planos de saúde ou por consultas pagas diretamente pelos pacientes.

Já a Secretaria de Estado de Saúde do DF tem 4.634 médicos em seus quadros, sendo 545 cedidos ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF e ao Hospital da Criança de Brasília. Segundo o Sindmédico, o número corresponde a 24% dos médicos no mercado de trabalho local.

“Entre os médicos que atuam no SUS, estima-se que 33% têm dupla militância, atuando em períodos livres na área privada. Não há levantamento formal que indique o número exato desses profissionais”, diz o sindicato.

No DF, 16 mil médicos trabalham na rede privada e 4 mil, na pública

Ainda de acordo com o Sindmédico, o DF tem a maior concentração de médicos por habitantes de todo o país e até acima da média dos países desenvolvidos que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Déficit

Apesar do aumento de profissionais, a capital federal sofre com a falta de médicos na rede pública. No mês passado, o Metrópoles mostrou que, segundo o Portal da Transparência do DF, em fevereiro de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) local deveria ter 55.430 profissionais.

O deficit de 25.133 profissionais indica que 45,5% dos cargos nas unidades da rede estão vazios, seja em postos de atendimento ou no serviço administrativo.

O deficit não atinge apenas médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, mas também outras categorias importantes, como cirurgiões-dentistas.

A presidente do CRM-DF, Lívia Vanessa Ribeiro avalia que o déficit está relacionado às condições de trabalho presentes na rede pública.

“A baixa taxa de adesão dos médicos ao SUS-DF decorre das condições precárias de trabalho e da remuneração inferior à média do mercado”, observou a presidente. Ela manifestou apreensão em relação ao aumento dos novos cursos de medicina, uma vez que muitos deles não apresentam condições adequadas para proporcionar um ensino de qualidade.

O CRM-DF, em nota, afirmou que está vigilante diante desse crescimento, plenamente consciente dos desafios que podem emergir com a expansão indiscriminada da oferta de cursos na área médica.

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