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DF: quase 30% das mortes por dengue são de idosos com 80 anos ou mais

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Desde o início do ano, 101 idosos com 80 anos ou mais morreram por dengue no Distrito Federal. O número representa 27,6% do total de óbitos pela doença notificados na capital federal em 2024.

Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), este ano, já foram registradas 365 mortes por dengue. No mesmo período, foram 260,3 mil casos prováveis.

Em relação às mortes, o documento mostra que a faixa etária de 70 a 79 anos aparece em segundo lugar, com a maior quantidade de mortes, somando 78 em 2024.

Em seguida, aparecem os grupos de 60 a 69 anos e de 50 a 59 anos, com 54 e 48 óbitos por dengue, respectivamente. Crianças de até 9 anos somam sete mortes.


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Mortes por dengue no país

Segundo o Ministério da Saúde, o país já chegou a 3 mil mortes por dengue este ano. No mesmo período de 20 semanas do ano passado, o Brasil registrou 867 mortes. Em 2024, nenhum intervalo de sete dias teve menos casos de dengue na comparação com o ano anterior – que, até então, era o recordista em quantidade de infecções.

Neste cenário, o DF é a terceira unidade da federação com a maior quantidade de mortes. A capital do país fica atrás apenas de São Paulo, que soma 780 mortes; e Minas Gerais, que tem 501.

DF já teve uma morte por dengue ao ano. Em 2024, são 109. O que houve?

A capital federal, proporcionalmente, tem o maior índice de casos do país. Nenhum estado do Norte ou do Nordeste teve mais de 10 óbitos confirmados neste ano.

Vacina

Uma das formas de proteção contra a dengue é a imunização em duas doses com a vacina Qdenga, a primeira de uso geral aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pessoas com idades entre 4 e 60 anos.

Embora os idosos sejam os mais vulneráveis aos casos graves e mortes por dengue, a Qdenga não foi indicada para o grupo etário porque os estudos apresentados pela farmacêutico à agência reguladora não continham informações sobre segurança e eficácia para o público.

Os dados apresentados para a Anvisa não incluíram estudos com essa faixa etária, portanto não foram avaliados dados de eficácia da vacina com adultos acima de 60 anos.

Não há, sequer, previsão de novos dados sobre a vacinação da Qdenga em pessoas com mais de 60 anos.

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