Uma publicação de 2018 do INCA mostrou que, no Brasil, o câncer de pele não melanoma permanece como o mais incidente na população (177 mil casos novos), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), traqueia, brônquio e pulmão (30 mil) e estômago (21 mil).
Ainda segundo o INCA, aproximadamente um terço dos casos novos de câncer poderiam ser evitados com o diagnóstico precoce e pela redução ou mesmo a eliminação de fatores de risco ambientais e os relacionados a hábitos de vida.
“Só o profissional pode fazer o diagnóstico precoce da doença. É ele que sabe como examinar uma lesão com pequenas alterações e que, provavelmente, são ou virão a se tornar um melanoma”, explica o dermatologista, Erasmo Tokarski, que atua na área da Dermatologia, Estética e Cirúrgica há mais de 30 anos.
Além do diagnóstico, o dermatologista também é responsável pelo tratamento e acompanhamento da doença junto ao paciente.
Entre os tipos existentes de câncer de pele (melanoma, não melanoma), o não melanoma, é o mais frequente e de menor mortalidade, mas pode deixar mutilações bastante expressivas se não for tratado adequadamente.O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são:
- o carcinoma basocelular, o mais comum e também o menos agressivo: se caracteriza por uma lesão (ferida ou nódulo), e apresenta evolução lenta;
- carcinoma epidermóide: também surge por meio de uma ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente aquelas decorrentes de queimadura. A maior gravidade do carcinoma epidermóide se deve à possibilidade de apresentar metástase (quando se espalha para outros órgãos).
A cirurgia ainda é o tratamento mais indicado nos tumores iniciais, mas há também cuidados com quimioterapia, radioterapia e imunoterapia que podem ser administrados em pacientes após avaliação médica.
Como forma de prevenção, além do uso do filtro solar, existem outras formas de proteger a pele contra os raios UVA e UVB do sol como por exemplo chapéus de abas largas, óculos escuros e o uso de roupas que cubram boa parte do corpo.
“Não há limite para a proteção solar. Ela deve ser feita tanto em momentos de lazer quanto de trabalho sob o sol”, alerta Tokarski.