De acordo com o novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta terça-feira (28/5), o Distrito Federal registrou um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,814. Dessa forma, o DF é o local com a maior taxa registrada em todo o país. Os dados são referentes ao ano de 2021.
Com exceção da capital federal, apenas o estado de São Paulo (0,806) teve uma taxa considerada muito alta, quando o índice é superior a 0,8. O relatório do Pnud ainda revela que Maranhão (0,676) , Alagoas (0,684) e Amapá (0,688) são as unidades da Federação (UFs) com o menor IDH.
A média nacional do Índice de Desenvolvimento Humano foi de 0,766, sendo superada apenas por sete UFs. Todos os estados do Centro-Oeste possuem indicativos menores: Mato Grosso do Sul (0,742), Goiás (0,737) e Mato Grosso (0,736).
O IDH é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento: renda, educação e saúde. O objetivo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
Em nível das cidades, o valor também é conhecido como Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). A taxa pretende ser uma medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento.
Diferenças por gênero e cor da pele
O relatório também especifica o desenvolvimento humano por cor da pele e gênero. Nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, os resultados estaduais para brancos e para negros registram maiores disparidades. No DF, o IDH para pessoas brancas é de 0,849, e para negros é de 0,780.
“Vale observar que, pela régua do desenvolvimento humano, as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentam IDHM alto para os negros em todos os estados; e IDHM para os brancos muito alto no Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina”, ressalta o Pnud.
Em relação ao recorte por sexo, verifica-se que a taxa das mulheres é superior ao dos homens. O relatório aponta que esse fenômeno é explicado por alguns fatores: a expectativa de vida das mulheres ao nascer é maior do que a dos homens; os anos médios de escolaridade das mulheres também são superiores aos dos homens.
Além disso, há questões metodológicas – uma vez que no cálculo do IDHM renda, a unidade da dimensão renda é o domicílio – a renda das mulheres e dos homens, que habitam domicílios nucleares, é igual. Restrigindo-se aos homens do DF, a taxa foi de 0,820, enquanto para as mulheres da capital federal foi de 0,852.