Um problema no metrô do Distrito Federal, na manhã desta sexta-feira (17/5), provocou atrasos e deixou vagões e estações do sistema mais lotados do que de costume no horário de pico. As atividades voltaram ao normal cerca de duas horas após registro do defeito.
Por volta das 7h20, um dos trens teve uma “falha de compressor” na Estação Águas Claras, o que exigiu o esvaziamento dos vagões e a retirada dele de circulação para transferência da composição até o estacionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), na mesma região administrativa.
Aproximadamente duas horas depois, porém, passageiros ainda enfrentavam dificuldades para se deslocar, ao tentarem embarcar em estações próximas. No terminal de Arniqueiras, por exemplo, pouco antes das 9h30, a venda de passagens chegou a ser suspensa.
O publicitário Leonardo Resende, 31 anos, relatou que precisou pedir um transporte por aplicativo para chegar a tempo ao trabalho, devido à falha no transporte coletivo, e que o valor pago pela viagem corresponderia ao de mais quatro viagens.
“Não deixavam comprar passagens nem havia funcionários nas bilheterias, e os seguranças não liberaram as catracas para o público”, criticou. “Falaram que só resolveriam às 11h, mas eu não quis arriscar porque tinha de trabalhar.”
O perfil do Instagram Ceilândia Muita Treta compartilhou imagens de como ficou uma das estações do sistema metroviário.
Assista:
Às 9h, em função da manutenção corretiva emergencial, houve restrição da velocidade dos trens entre Águas Claras e Arniqueiras, segundo a Metrô-DF, e às 9h30 o trem foi levado para o pátio de manutenção.
Outra dificuldade que os passageiros relataram foi a menor quantidade de trens em circulação com origem em Ceilândia e Samambaia.
Um internauta usou a rede social X (antigo Twitter) para reclamar da situação: “Rezo para o povo que bate ponto poder justificar atraso sem estresse, porque, nessas horas, quem sofre é o povo que bate ponto”.
O psicólogo Diego Braga, 26, ia para o trabalho quando entrou no trem que precisou ser esvaziado nesta manhã. O jovem embarcou na Estação Águas Claras às 7h, mas teve de desembarcar do transporte lá mesmo.
“Depois de um tempo, a estação ficou sem espaço para tantas pessoas, e os metrôs que chegavam também saíam cheios. Eu consegui partir da estação às 7h40, mas o maior problema foi conseguir entrar no vagão. Cheguei 30 minutos atrasado no trabalho”, reclamou.
O psicólogo acrescentou que, quem precisou sair do trem quebrado, enfrentou uma longa espera para conseguir espaço nos trens que chegavam: “Não tinha, e as pessoas que estavam dentro precisavam se empurrar”.
Veja imagens da saída da Estação Galeria: