Home Brasília Falta de ambulância impede paciente de passar por cirurgia de urgência

Falta de ambulância impede paciente de passar por cirurgia de urgência

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A família de Joserilto Dias (foto em destaque), 62 anos, corre contra o tempo para conseguir a transferência dele para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), devido à necessidade de passar por uma cirurgia urgente para tratar uma cardiopatia. O eletricista automotivo está internado em uma unidade particular, com diárias pagas pela Secretaria de Saúde (SES-DF), enquanto aguarda há cinco dias a remoção pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Filha do paciente, a autônoma Ana Lídia Dias, 39, conta que ele foi internado após contrair uma bactéria que causou infecção nos rins, no pulmão e afetou o sistema circulatório de Joserilto. “É uma bactéria chamada Staphylococcus aureus. Ela ataca os órgãos e se colonizou na válvula do coração. Se ela avançar, é fatal”, detalhou.

Por causa da infecção, o paciente precisa passar por uma cirurgia com urgência para retirar a colônia de bactérias se instalou na estrutura do órgão. O procedimento é feito, também, na rede pública de saúde.

“Quando procuramos atendimento, ele ficou internado por dois dias no Hospital Regional do Guará, mas não houve acompanhamento médico, e não tinha leito de UTI [unidade de terapia intensiva]. Tivemos de entrar com um processo na Justiça, por meio da Defensoria Pública, para que a SES-DF pagasse pela diárias no Hospital Santa Marta, onde ele está internado há 17 dias e espera ser transferido para o Base”, contou Ana Lídia.

Com vaga, mas sem ambulância

A família do eletricista recebeu a informação de que, desde sábado (9/3), a vaga dele para passar pela cirurgia está disponível no Hospital de Base, mas o paciente não pôde ser transferido devido à falta de uma ambulância do Samu para levá-lo.

“Os médicos do Hospital Santa Marta fazem o pedido de transferência todos os dias, mas ela tem sido negada pelo Samu. A única resposta que dão é de que não há ambulância disponível; muito menos, médico, pois meu pai tem de ser transferido com um médico o acompanhando”, completou a filha do paciente.

Com medo de que a remoção não ocorra em breve, os parentes de Joserilto temem que ele perca a vaga no Hospital de Base ou que tenha agravamento do quadro de saúde.

“Hoje, meu pai acordou com bastantes dores e reclamando de ardência no peito. O maior absurdo é que a Secretaria de Saúde paga a diária em um hospital particular simplesmente por não fazer a remoção dele para a rede pública”, criticou Ana Lídia.

Ana Lídia detalhou que a família também tentou fazer a regulação do paciente contratando uma ambulância particular, mas recebeu informação de que só veículos de socorro do HBDF podem fazer transferências par alá. “Estamos de mãos atadas”, lamentou.

Procurada pelo Metrópoles, a SES-DF – responsável pelas ambulâncias do Samu – informou que sobre o paciente citado, a central de regulação está ciente e tentará, em menor tempo possível, realizar a demanda solicitada.

“A Secretaria de Saúde informa que, mesmo diante do grande números de chamados de pacientes graves, o SAMU-DF tem atendido, com celeridade, às solicitações de transferências e o atendimento pré-hospitalar, que depende de unidade de suporte avançado”, pontuou a pasta. 

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