Ataques desenfreados de Gilmar Mendes à Lava Jato parecem ir além da esfera judicial
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a criticar a Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (02/10/2019), durante a sessão plenária. Segundo o magistrado, a força tarefa precisa “calçar as sandálias da humildade”.
“O resumo da ópera é que você não pode resolver o crime cometendo um crime. Ninguém pode se achar o ó do borogodó. Calcem as sandálias da humildade”, disparou o ministro.
Para Gilmar Mendes, o Brasil viveu “uma época de trevas no que diz respeito ao processo penal”. O ministro afirmou que o ex-juiz federal Sergio Moro e o coordenador da Lava Jato em Curitiba (PR), Deltan Dallagnol, usavam a prisão provisória como tortura.
“Hoje se sabe de maneira muito clara que usavam a prisão provisória como elemento de tortura. Isto aparece hoje nas declarações do site The Intercept, feitas por gente como Dallagnol e Moro”, declarou.
Comentário:
Às críticas de Gilmar Mendes beiram o ridículo. Além de usar informações obtidas de forma criminosa (hackeadas) que não possuem qualquer comprovação de autenticidade feita por autoridades públicas, o ministro faz deboche com o nome de Moro e Dallagnol, duas figuras extremamente respeitadas dentro e fora do Brasil pelo trabalho indiscutivelmente único feito através da Lava Jato.
Com ataques tão grotescos desse tipo, que está longe de ser o único, Gilmar Mendes vai enterrando a sua ética enquanto magistrado ocupante do maior cargo do poder judiciário no país. Pior ainda, o ministro vai deixando transparecer nas entrelinhas dos seus chiliques anti-Lava Jato algo pessoal, muito além da esfera jurídica, o que não é nada bom… para ele!