O governo assinou nesta quinta-feira uma medida provisória em que libera R$ 1,9 bilhão para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra o coronavírus, que está sendo produzida pela Oxford, e conta com a parceria da farmacêutica AstraZeneca e a FioCruz no Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello,participaram de cerimônia no Palácio do Planalto. Apesar das críticas, Pazuello, que não é médico, segue na pasta como gestor da crise e tem afirmado, a interlocutores, que continua enquanto o presidente quiser.
Pazuello assumiu uma estratégia de comunicação em que pretende falar mais sobre o coronavírus. Uma das razões é explicar para as pessoas sobre a importância do tratamento precoce, ir ao médico diante dos primeiros sinais de Covid-19, como febre e tosse. O ministro tem dito que o papel da imprensa será fundamental na conscientização da população, o que destoa do discurso antimídia de outros interlocutores de governo.
A vacina está na fase 3 de testes, a última antes do uso em escala nos seres humanos. Atualmente, no Brasil, há ao menos cinco mil voluntários que participam dos ensaios clínicos da vacina.
A expectativa do governo é de que a vacina fique pronta entre dezembro e janeiro.
Por se tratar de MP, o texto começa a valer imediatamente. O Congresso tem 120 dias para converter em lei. Há no parlamento propostas que levantam preocupações com a escassez da vacina caso o número de doses não seja suficiente. Pelo acordo, o Brasil garante a transferência de tecnologia. Mas continua a importar insumos de outros países, como a China, já que não há produção própria.
Fonte : CNN