O governo da Grécia anunciou nesta terça-feira (14) que vai investigar o acidente de um avião privado na noite de segunda-feira (13) em que morreu um israelense que iria testemunhar no processo contra Benjamin Netanyahu, ex-primeiro-ministro de Israel.
Haim e Esther Giron, um casal de 69 anos de Tel Aviv, morreu após a queda de um avião leve Cessna C182 perto do aeroporto da ilha grega de Samos. A identidade das vítimas foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores de israelense.
Ex-diretor adjunto do ministério da Comunicação do país, Haim Giron deveria comparecer no julgamento contra Netanyahu, segundo um porta-voz do Ministério Público do país.
O ex-primeiro-ministro israelense é acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança e de ter concedido favores a magnatas da imprensa em troca de uma cobertura midiática favorável.
Netanyahu é acusado de ter “usado de forma ilegítima” o poder como premiê para “pedir e obter vantagens injustificáveis de donos de veículos de comunicação em Israel para seu benefício pessoal”, segundo o Ministério Público.
Mesmo com a denúncia de corrupção, Netanyahu foi o primeiro-ministro que ficou mais tempo no comando de Israel: entre 1996 a 1999 e entre 2009 a 2021.
Para que fosse retirado do cargo, uma improvável coalizão precisou ser formada: envolvendo dois partidos de esquerda; dois de centro; três de direita; e um árabe (que pela primeira vez faz parte de um governo de Israel). Naftali Bennett é o atual premiê.
O acidente
A órgão de aviação civil da Grécia afirma que o avião decolou em Haifa (Israel) em um voo privado e desapareceu do radar pouco antes de pousar, a cerca de 2 km do aeroporto de Samos.
Ioannis Kondylis, chefe do Escritório Nacional de Investigação sobre Catástrofes Aéreas e Segurança Aérea do país, diz que um pescador relatou “uma forte explosão, seguida de outra menor”.
Ele afirma também que os destroços da aeronave estão a 33 metros de profundidade e mostrarão se a versão procede. Para isso, uma equipe de especialistas viajará na quarta-feira (15) para Samos para inspecionar os restos do avião.
Fonte: G1.