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Homem que matou namorada com pedrada e queimou corpo é condenado no DF

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Wallace de Sousa Eduardo, 36 anos (foto em destaque), foi condenado a 25 anos e nove meses de prisão por matar a namorada, Marina Paz Katriny, que tinha 29 anos na época do crime. A decisão do Tribunal do Júri de Taguatinga é dessa terça-feira (14/5).

Condenado pelos crimes de feminicídio qualificado e de destruição de cadáver, o assassino terá de cumprir a pena em regime inicial fechado e não poderá recorrer em liberdade.

Ele respondeu ao processo preso e confessou que acertou a cabeça da pedagoga com uma pedra de 2 kg antes de atear fogo ao corpo da vítima.


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O crime ocorreu entre 0h e 1h de 16 de maio de 2022, uma segunda-feira, mas o corpo da mulher foi encontrado somente dois dias depois, no Km 5 da BR-70, na entrada da Chácara Goiás, em Taguatinga. Tatuagens ajudaram a identificá-la, pois o corpo encontrava-se parcialmente carbonizado.

O crime

Conforme a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o homicida combinou de encontrar Marina sob o pretexto de devolver o aparelho de celular que ele havia danificado.

Eles se encontraram próximo ao Taguaparque e seguiram para a casa de Wallace. Depois, os dois foram a um bar em Taguatinga Norte e saíram de lá de carro.

Segundo o depoimento do agressor, ele parou o carro próximo ao local do crime depois que a vítima pediu para urinar. Marina teria xingado Eduardo na volta para o carro, e ele pegou uma pedra de 2 kg e a atingiu na cabeça. Em seguida, amarrou as mãos, a boca e a cabeça da vítima e a arrastou para a área de Cerrado.

Ele, então, foi a um posto de combustíveis nas proximidades e comprou cerca de R$ 20 em gasolina para atear fogo ao corpo da pedagoga. Ele fugiu do local com o celular dela.

Wallace foi preso na casa da mãe, no M Norte, em Taguatinga, em 23 de maio de 2022 pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele também admitiu ser usuário de maconha e cocaína. O delegado da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) disse que o feminicídio havia sido premeditado.

“Ele vinha ameaçando a vítima, de acordo com o depoimento das amigas. O galão de gasolina estava no carro dele. Ele disse que voltou para pegar a gasolina para ‘ter certeza de que Marina estava morta’, porque ela poderia denunciá-lo”, afirmou.

Menina tranquila

Marina nasceu em Rio Branco, no Acre. Ao Metrópoles a administradora Rosimeire Paz, 38, irmã da vítima, contou que Marina morava em Brasília havia seis anos.

Formada em pedagogia e pós-graduada em educação especial, a caçula de cinco filhas chegou a trabalhar como professora na capital acreana, onde vivia com a família. “Em 2016, ela mudou-se para Brasília após se separar [do marido], mas não conseguiu trabalhar na área dela”, conta Rosimeire.

Quando chegou à capital federal, Marina teve apoio de uma tia e de uma irmã — ela chegou a morar um tempo com essa tia. Tempos depois, conseguiu um apartamento para ela. À época do crime, vivia sozinha e trabalhava como caixa em uma loja de departamento, no Taguatinga Shopping.

De acordo com Rosimeire, a irmã “sempre foi uma menina tranquila, mas teve relacionamentos conturbados”.

Frio e cruel

O Tribunal do Júri de Taguatinga entendeu que o crime foi praticado por motivo torpe e de forma cruel, em contexto de violência doméstica, já que o casal namorou por cerca de cinco meses e chegou a morar junto.

Segundo o juiz que presidiu o júri, Wallace agiu com intenso e exacerbado dolo homicida. Para o magistrado, o acusado estava determinado a prosseguir com a ação e praticar o homicídio sob qualquer circunstância, “dotado da mais absoluta audácia, destemor e sem qualquer freio inibitório”.

O magistrado destacou a personalidade fria e violenta do assassino, que ainda chegou a se passar pela vítima, já morta, mandando mensagens para uma amiga dizendo que teria saído com o ex-namorado. O objetivo seria de “eventualmente desviar a linha de investigação dos fatos”, segundo o juiz.

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