Igor Porto Galvão (foto em destaque), fisiculturista preso por tentativa de feminicídio contra Marcela Luise Ferreira, 31 anos, chegou a ser denunciado pela mulher em 2020 por lesão corporal, ameaça e injúria. O processo, que chegou a ser aberto no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), porém, foi arquivado, pois, na época, ela se recusou a passar pelo exame de corpo de delito.
Marcela morreu na segunda-feira (20/5), aos 31 anos, após passar dez dias em coma. Em 10 de maio, Igor a levou inconsciente ao Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia (GO), Região Metropolitana de Goiânia.
De acordo com o processo no TJDFT, iniciado no fim de 2020, Marcela, “injustificadamente, não se submeteu ao exame de corpo de delito”. Como o exame não foi feito, não foi possível que o Ministério Público (MPDFT) oferecesse a denúncia. O exame iria determinar se houve ou não a agressão.
Em relação aos crimes de injúria e ameaça, na época, Marcela também manifestou interesse em não dar prosseguimento à denúncia. Por isso, o MPDFT também pediu o arquivamento do processo.
Relembre o crime
Igor chegou com Marcela no hospital em 10 de maio. Apesar de a vítima apresentar múltiplas lesões pelo corpo, o fisiculturista teria informado a profissionais da unidade de saúde que a companheira havia sofrido uma queda em casa.
Contudo, os profissionais de saúde perceberam que as lesões em Marcela não eram compatíveis com o relato do fisiculturista. Diante da situação, os médicos acionaram a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
A polícia, então, iniciou diligências em busca de Igor, preso desde a última sexta-feira (17/5) por tentativa de feminicídio.
Segundo a Polícia Civil, Marcela apresentava traumatismo craniano e oito costelas quebradas, além de várias escoriações pelo corpo. Após dias internada, Marcela não resistiu aos ferimentos e morreu.
O fisiculturista segue preso. A defesa deve entrar com pedidos para que a prisão seja revertida em outras medidas cautelares.