Dados da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), obtidos pelo Metrópoles, apontam que houve 147 casos de presos que foram diagnosticados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no Complexo da Papuda desde 2014.
Além disso, também existem 724 registros de presos com Sífilis.
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A pasta informou que são realizadas palestras de aconselhamento para os custodiados quanto ao uso de preservativos nas relações sexuais e do compartilhamento de objetos pessoais, além da distribuição de preservativos para nas visitas íntimas e ao público LGBTQIA+.
Segundo os profissionais da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) que atuam nas unidades prisionais, há o acompanhamento rotineiro das pessoas com HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) desde o diagnóstico.
O acompanhamento e tratamento pós-diagnóstico podem começar logo depois da entrada do custodiado no sistema penitenciário e consiste no diagnóstico precoce e pós-teste, além do fornecimento da medicação necessária para o controle da doença e, quando necessário, do tratamento assistido.
Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil, comenta que as prisões brasileiras enfrentam um estado de precariedade sistêmica. A especialista indica que, no caso do HIV, há também o estigma.
“Além disso, as populações-chave (mais expostas às condições de risco do HIV) também estão no sistema prisional. Considerar a população carcerária como um grupo homogênero nos impede de compreender as dinâmicas muito particulares às quais homens que fazem sexo com homens, gays e pessoas trans estão submetidas. Precisamos avançar na resposta ao HIV que considere a integralidade do sujeito privado de liberdade”, ressalta Velasquez.
O HIV pode causar a aids. O vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças, sendo capaz de alterar o DNA de células, como os linfócitos, que trabalham na proteção do organismo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
HIV no DF
De acordo com informativo epidemiológico, divulgado pela SES-DF no ano passado, foram notificados 3.684 casos de infecção pelo HIV e 1.333 casos de aids entre 2018 e 2022.
Nesse período, observou-se uma tendência de redução do coeficiente de detecção de aids por 100 mil habitantes, de 9,8 no ano de 2018, para 7,3 no ano de 2022.
O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) registrou, no Distrito Federal, no período de 2018 a 2022, 484 óbitos tendo a aids como causa básica. O coeficiente de mortalidade (por 100 mil habitantes) apresentou uma redução de 18,2%, passando de 3,8 em 2018 para 2,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2022.