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Nome de floricultura em área nobre do DF é utilizado em golpe do Pix

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A dona de uma floricultura localizada na QRSW 4 do Sudoeste teve de procurar a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após descobrir que o nome, endereço e imagem da empresa dela estão sendo utilizados por criminosos na aplicação de golpes on-line. Segundo Camilla Cauhi de Oliveira da Fonseca, golpistas se passam por funcionários da loja e prometem a entrega de mercadorias após o pagamento via Pix. O produto, contudo, nunca chega.

À reportagem Camila contou que descobriu que a Flores em Brasília – floricultura pertencente a ela – estava sendo utilizada pelos criminosos após ser procurada por um casal, na quinta-feira última (5/6). Conforme narrou, a dupla foi até a loja para pedir o estorno de uma compra. “Disseram que queriam o dinheiro de volta pois encomendaram um buquê de rosa branca no valor de R$ 195 e não foi entregue”, começou a empresária.

“Eu expliquei que não podia estornar pois não havia recebido o dinheiro ou feito a venda. Eles disseram que falaram com uma mulher chamada Natália e eu informei que ninguém com o nome trabalhava para mim. Nesse momento descobri que também fomos vítimas de um golpe e os aconselhei a registrar boletim de ocorrência “, declarou Camila.


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Depois que o casal deixou o local, a empresária contou que dois homens procuraram a floricultura após desconfiarem de uma taxa cobrada pelos golpistas. “Eles perguntaram [aos criminosos] quanto era o valor da entrega das flores do Sudoeste para o Valparaíso. Quando receberam a resposta, desconfiaram do que estava sendo cobrado e nos procuraram. Eu expliquei que o nome da minha loja estava sendo usado em um golpe e que por pouco eles não caíram”, detalhou.

A empresária, então, publicou nas redes sociais o alerta aos seguidores, colou cartazes e o boletim de ocorrência na entrada da floricultura, mas nada foi suficiente para conter a fúria de quem procurou o endereço para cobrar o valor pago aos golpistas.

“No sábado, fechamos no início da tarde. Quando cheguei no outro dia, me falaram que pessoas gritaram em frente a loja nos chamando de golpistas. [Os criminosos] utilizam o nosso endereço para dar respaldo ao golpe e as pessoas acham que a culpa é nossa”, lamentou a empresária.

O golpe

Conforme relatou Camila, golpistas utilizaram um perfil no Instagram – o @floriculturabrasiliashop – para ludibriar os possíveis alvos. Interessadas nas mercadorias, as vítimas clicaram no link do perfil fake e foram encaminhadas a um número no WhatsApp, utilizado por alguém que prossegue com o golpe. Após receber o valor solicitado, pago somente via Pix, o golpista bloqueia a vítima.

A empresária informou que o perfil oficial da floricultura é o @flores_em_brasilia , com mais de 10 mil seguidores. No Google, de segundo ela, a loja é muito bem avaliada, motivo pelo qual acredita que foi escolhida pelos golpistas: “Somos a única floricultura cinco estrelas com grandes avaliações. Aí eles [criminosos] usaram isso para dar credibilidade aos alvos deles, que compraram sem medo”.

Para a empresária, os golpistas aproveitam datas comemorativas para cometer os crimes. “No Dia dos Namorados, certamente tentarão enganar mais pessoas”, afirmou.

Após descobrir como o golpe estava sendo aplicado, Camila se passou por cliente para verificar como atuam os golpistas. Ela demonstrou interesse e solicitou a chave Pix, que é o mesmo número de telefone utilizado pelos criminosos.

Depois de conseguir as informações necessárias para a denúncia, a empresária revelou ser dona da floricultura e pediu que os criminosos interrompessem a ação, mas foi respondida com um “tá bom” seguido de risadas.

Veja a conversa:


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“Aconselho as pessoas a se resguardem mais. De preferência, antes de fazer qualquer Pix, peça a fachada da loja e o CNPJ da empresa. Se resguardem. Não façam Pix sem saber [de mais detalhes], pesquisem o nome correto da loja, Instagram oficial e esclareçam bem tudo antes de qualquer pagamento. Não aja na emoção. A pressa é inimiga da perfeição. Na pressa, as pessoas acabam fazendo as coisas sem observar bem, sem analisar as coisas”, disse Camila.

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o caso.

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