A Polícia Civil de Goiás cumpriu mandados de busca e apreensão, bloqueios bancários em contas correntes e bens contra uma mulher de 25 anos presa em flagrante no dia 4 de janeiro por exploração financeira contra três idosas. A suspeita teria se apropriado de mais de R$ 1 milhão.
As determinações judiciais foram cumpridas por policiais da Delegacia Especializada no Atendimento a Pessoa Idosa (Deai), com apoio da Polícia Militar, nessa quinta-feira (25/1).
A Polícia Civil rastreou o caminho do dinheiro gerenciado pela investigada em contas correntes e poupanças de pessoas ligadas a ela. Assim, obteve a identificação de um veículo HRV no valor de R$ 110 mil; uma motocicleta, de R$ 12 mil; além de informações sobre aquisição de várias joias, bens e valores requeridos judicialmente.
As equipes apreenderam ainda, na casa da mãe da suspeita, joias, documentos (extratos bancários e documentos dos veículos) e objetos ligados à investigação e que confirmam a tese investigativa de que a investigada enriqueceu com valores das idosas.
Relembre o caso
A mulher, de 25 anos, é suspeita de explorar financeiramente ao menos três parentes idosas. As investigações começaram em 4 de janeiro, quando a sobrinha das supostas vítimas informou à Polícia Civil que três tias – com idades de 91, 96 e 98 anos – haviam sido lesadas pela suspeita, que cometia estelionato e exploração financeira contra elas.
A suspeita havia trabalhado na casa de uma das idosas por mais de dois anos e conseguido a confiança dela, a ponto de ser autorizada, por meio de procuração pública, a fazer movimentações nas contas correntes da vítima, que era servidora pública federal aposentada, não era casada e não tinha filhos.
Por ser equilibrada com os gastos, segundo a PCGO, a idosa acumulava grande patrimônio. E, ciente da situação, a investigada passou a fazer diversos desvios da conta bancária da vítima, além de se apropriar de mais da metade do valor de R$ 1 milhão correspondente à venda de um apartamento em Brasília (DF).
A vítima morreu, e a família dela só percebeu os desvios devido à partilha de bens, quando foi surpreendida pela informação. Depois disso, a investigada acabou contratada para cuidar de outra idosa, irmã da vítima que havia morrido.
Na sexta-feira (5/1), primeiro dia de trabalho da investigada e já com o cartão bancário da segunda idosa, ela fez um saque de R$ 2 mil. Porém, estava sob monitoramento da PCGO.
Três dias depois, a suspeita foi presa enquanto se preparava para fazer outro saque. Com ela, os policiais apreenderam um automóvel avaliado em R$ 100 mil, comprado com os valores desviados. Em depoimento, ela se contradisse em relação aos fatos apurados.