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Presidente Bolsonaro na ONU enfatizou a economia, defendeu o livre comércio e liberdade religiosa.

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Presidente Bolsonaro
Presidente da República, Jair Bolsonaro, discursa durante a abertura do Debate Geral da 74ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na 74ª Assembleia das Nações Unidas também enfatizou a economia e defendeu o livre comércio, além da liberdade religiosa.

De acordo com Bolsonaro, não pode haver liberdade política sem que haja também liberdade econômica. O presidente lembrou que o livre mercado, as concessões e as privatizações já se fazem presentes hoje no Brasil.

“A economia está reagindo, ao romper os vícios e amarras de quase duas décadas de irresponsabilidade fiscal, aparelhamento do Estado e corrupção generalizada. A abertura, a gestão competente e os ganhos de produtividade são objetivos imediatos do nosso governo”, comentou.

O Brasil, segundo ele, está abrindo a economia e se integrando às cadeias globais de valor. Ressaltou que em apenas oito meses, o país concluiu os dois maiores acordos comerciais da história, firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a Área Europeia de Livre Comércio, o EFTA. “Pretendemos seguir adiante com vários outros acordos nos próximos meses”, afirmou.

O Brasil também está pronto para iniciar o processo de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). “Já estamos adiantados, adotando as práticas mundiais mais elevadas em todo os terrenos, desde a regulação financeira até a proteção ambiental”, disse o presidente.

Direitos Humanos

Bolsonaro disse que o Brasil reafirma seu compromisso intransigente com os mais altos padrões de direitos humanos, com a defesa da democracia e da liberdade, de expressão, religiosa e de imprensa. “É um compromisso que caminha junto com o combate à corrupção e à criminalidade, demandas urgentes da sociedade brasileira”, enfatizou.

Presidentes socialistas antecederam Bolsonaro

Bolsonaro também lembrou dos governantes que todos os anos na ONU faziam discursos descompromissados, com temas que nunca atenderam aos reais interesses do Brasil nem contribuíram para a estabilidade mundial e, mesmo assim, eram aplaudidos.

“Há pouco, presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder absoluto”, frisou. “Foram julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sérgio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública”, acrescentou.

Criminalidade

Algo a respeito dos quase 70 mil homicídios e dos crimes violentos que, anualmente, massacravam a população brasileira precisava ser feito no país, disse Bolsonaro.

“A vida é o mais básico dos direitos humanos. Nossos policiais militares eram o alvo preferencial do crime. Só em 2017, cerca de 400 policiais militares foram cruelmente assassinados. Isso está mudando”.

Em meio ano de governo, o Brasil viu seus índices de homicídios serem reduzidos em  foram tomadas e conseguimos reduzir em mais de 20%. As apreensões de cocaína e outras drogas atingiram níveis recorde. “Hoje o Brasil está mais seguro e ainda mais hospitaleiro”.

Perseguição religiosa

Outro assunto que ganhou destaque no discurso do presidente foi a perseguição religiosa, que ele chamou de flagelo que devemos combater.

“Nos últimos anos, testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que vitimaram fiéis congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas”, destacou.

O que preocupa o governo brasileiro, em particular, é a crescente perseguição, a discriminação e a violência contra missionários e minorias religiosas, em diferentes regiões do mundo.

“É inadmissível que, em pleno Século XXI, com tantos instrumentos, tratados e organismos com a finalidade de resguardar direitos de todo tipo e de toda sorte, ainda haja milhões de cristãos e pessoas de outras religiões que perdem sua vida ou sua liberdade em razão de sua fé”, declarou.

O Brasil em construção

Antes de embarcar para NY, o presidente havia dito que seu discurso iria mostrar ao mundo o Brasil em construção.

Para isso, destacou alguns marcos do governo até agora:

A viagem para Davos, em janeiro, que mostrou programa de reformas brasileiro para investidores de todo o mundo; A visita à Washington em março, onde lançou parceria com governo dos Estados Unidos para a coordenação política e cooperação econômica e militar; Ainda em março, visita ao Chile, onde foi lançado o PROSUL, iniciativa para garantir que a América do Sul se consolide como um espaço de democracia e de liberdade; Depois, a visita a Israel, que identificou inúmeras oportunidades de cooperação em especial na área de tecnologia e segurança.

De acordo com Bolsonaro, neste ano ainda serão visitados importantes parceiros asiáticos, tanto no Extremo Oriente quanto no Oriente Médio.

“O Brasil que represento é um país que está se reerguendo, revigorando parcerias e reconquistando sua confiança política e economicamente”.

Ideologia e politicamente correto

O presidente falou também sobre como a ideologia se instalou na cultura, na educação, na mídia, dominando meios de comunicação, universidades, escolas e famílias.

Também frisou que o politicamente correto passou a dominar o debate público para expulsar a racionalidade e substituí-la pela manipulação, pela repetição de clichês e pelas palavras de ordem.

“A ONU pode ajudar a derrotar o ambiente materialista e ideológico que compromete alguns princípios básicos da dignidade humana. Essa organização foi criada para promover a paz entre nações soberanas e o progresso social com liberdade, conforme o preâmbulo de sua Carta”. E enfatizou: “Esta não é a Organização do Interesse Global, É a Organização das Nações Unidas. E assim deve permanecer!”, enfatizou.

O presidente finalizou dizendo que o mundo poderá contar com o novo Brasil que hoje ele apresentou.

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