O feminicida Janilson Quadros de Almeida (foto em destaque), 37 anos, preso em flagrante por matar a facadas a ex-companheira, Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida, 46, está internado desde que tentou se matar, após cometer o crime, no último sábado (25/5). Os dois foram casados por quatro anos e tiveram um filho juntos, um menino de 3 anos que presenciou o assassinato.
Daniella e o agressor se conheceram quando ele atuava como motorista particular da vítima, à época em que ela ainda trabalhava na Prefeitura de Pedra Branca do Amapari (AP). Os dois se casaram há cerca quatro anos e se mudaram para o Distrito Federal havia dois anos depois. Porém, estavam em processo de separação, segundo a polícia.
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Daniella Di Lorena Pelaes de Almeida, vítima de feminicídio no DF
Daniella Di Lorena Pelaes de Almeia, vítima de feminicídio no DF – 1
Daniella Di Lorena Pelaes de Almeia, vítima de feminicídio no DF, e Janilson Quadros de Almeida, autor do crime
Daniella Di Lorena Pelaes de Almeia, vítima de feminicídio no DF, era irmã de Beth Pelaes, prefeita de município no Amapá
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Violência doméstica
A vítima havia registrado ocorrências contra Janilson por ameaça e violência doméstica antes de ser assassinada em casa, no Jardim Botânico. Em uma denúncia registrada por Daniella, em 27 de março último, ela chegou a relatar que o agressor prometeu que “iria matá-la”.
Na ocasião do registro da ocorrência, a vítima, que tem outros dois, de 17 e 10 anos, frutos de relacionamento anterior, relatou nunca ter sofrido violência física ou verbal cometida por Janilson até então. Porém, afirmou que ele havia se transformado em “uma pessoa nervosa e instável”.
Daniella também contou que, em fevereiro, chegou a ser acordada de madrugada pelo agressor, que havia acabado de entrar em casa. Em seguida, Janilson teria prometido que, “se descobrisse algo dela, que ela o traía, iria matá-la’”.
Em outra ocasião denunciada pela vítima, ela estava no trabalho, quando recebeu uma ligação de Janilson. Ele afirmou, segundo o boletim de ocorrência: “Agora, vou acabar com tudo. Vou matar nosso filho e me matar depois”.
Após o registro das denúncias, a Justiça concedeu medida protetiva em favor da vítima, para proibir o agressor de se aproximar dela, dos parentes de Daniella e de testemunhas dos crimes, por qualquer meio de comunicação. Ele também foi impedido de frequentar endereços específicos.
Em 10 de maio, porém, Daniella pediu a revogação da medida protetiva, pois o então companheiro havia começado a fazer acompanhamento psicológico, segundo contou à vítima.
Assassino pediu para ver filho
As apurações policiais revelaram que Janilson entrou em contato com Daniella no dia do crime, por volta das 5h, para fazer uma suposta visita ao filho deles.
Sem conseguir a autorização da ex, o agressor decidiu ir ao condomínio onde a família morava – e ao qual tinha acesso liberado. Ele tinha a senha da fechadura da casa de Daniella, uma tag no carro que autorizava a entrada no residencial e circulava rotineiramente pelo condomínio, pois os dois moraram juntos.
Então, entre as 5h e as 7h, o criminoso atacou a vítima com facadas no tórax e tentou tirar a própria vida em seguida. Ele foi levado para Hospital de Base (HBDF), em estado grave, mas não corre risco de vida. Ele foi preso em flagrante e está sob custódia da polícia.
Sepultamento
O corpo de Daniella foi sepultado na manhã desta segunda-feira (27/5), no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Macapá (AP).
O velório da vítima ocorreu desde 19h desse domingo (26/5), na Capela Plaste Vida, também na capital amapaense, onde Daniella nasceu. Ela deixa três filhos, todos menores de 18 anos.