Fundação de Apoio à Pesquisa do DF investe R$ 1,1 milhão em projeto de pesquisador da UnB
Criar respiradores mecânicos baratos para ampliar o acesso de pacientes com Covid-19 em leitos de UTI. Esse é o objetivo do projeto apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), instituição vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), e coordenado pelo pesquisador Sanderson César Macêdo Barbalho.
O cronograma do projeto é de 120 dias a partir da assinatura do Termo de Outorga e Aceitação (TOA) junto à FAP-DF, o que foi feito no início do mês de junho. Ao final deste período, a expectativa do pesquisador e sua equipe é de ter 30 unidades prontas para uso.Covi
O projeto recebeu investimento de R$ 1,1 milhão. O valor foi repassado pela Secti/FAP-DF no âmbito do Convênio 03/2020, que conta com orçamento global de R$ 30 milhões para apoiar projetos e ações de pesquisa, inovação e extensão destinadas ao combate à Covid-19.
“Nosso objetivo inicial é desenvolver um respirador de baixo custo, mas que atenda às normas de segurança médica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa], validar o produto e certificá-lo de acordo com os padrões simplificados da agência para a pandemia, para que possamos entregar um lote-piloto”, explica o coordenador do projeto, que também é professor adjunto do Departamento de Engenharia de Produção (EPR) da Universidade de Brasília (UnB).
“Estamos organizados em grupos divididos por área tecnológica – eletrônica e software, mecânica, testes médicos e logística de aquisições e fabricação. Cada grupo se reúne e planeja suas atividades semanalmente. Usamos metodologia ágil baseada em softwares de uso livre para registrar as atividades. Fazemos uma reunião semanal toda sexta-feira para consolidar o avanço do projeto, e assim por diante. Serão 17 semanas de trabalho nesse ritmo para atingir a nossa meta”, acrescenta Sanderson.
Ele destaca ainda a importância do fomento em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) e em Pesquisa Desenvolvimento (P&D) para que projetos como esse saiam do papel e, assim, possam efetivamente ajudar a população do DF, bem como os profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia. “Sem o fomento o projeto não aconteceria. Tivemos contato com investidores de Brasília, os quais infelizmente não se prontificaram em contribuir minimamente com a proposta. E, com recursos próprios, conseguiríamos no máximo fazer um protótipo de bancada, não muito diferente do que encher um balão de festas”, arremata.
Agência Brasília