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Sem-teto que agrediu jovem em Águas Claras é ouvido em DP e liberado

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O homem em situação de rua que agrediu uma jovem de 18 anos após ela dizer que não tinha dinheiro para dar a ele foi identificado e ouvido pela Polícia Civil (PCDF) no sábado (4/5). O Metrópoles apurou que, após prestar depoimento, o suspeito foi liberado.

À reportagem Bianca Ramos contou que o homem abordou um familiar dela no mesmo lugar onde a atacou. A pessoa, então, teria comunicado o fato a ela, que identificou o suspeito. A polícia foi acionada, e o sem-teto foi levado à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).

“Estou simplesmente revoltada com a situação. Depois de tanta repercussão, eu achei que, no mínimo, a justiça seria feita. Mas, infelizmente, ela [Justiça] é mais falha do que a gente imagina”, disse Bianca.

“Saber que deram uma advertência verbal e deixaram ele sair pela mesma porta que entrou me assustou, assim como saber que ele está nas ruas novamente e tem o perigo de colocar tanto a minha vida como de outras em risco”, declarou.

A agressão

Segundo a jovem, o ataque aconteceu em 30 de abril, próximo a um supermercado na rua 14 Sul de Águas Claras. Na data, a estudante usou as redes sociais para denunciar a agressão.

Em um vídeo publicado no Instagram, Bianca relatou que, perto do mercado onde ela estava no momento em que foi abordada, há muitas pessoas em situação de rua, que costumam ficar no local pedindo ajuda.

“Sempre tem pessoas de rua lá, pedindo doações, comidas e vendendo coisas. Então, achei que fosse mais um dia comum. Cheguei, falei que só estava com o dinheiro que tinha levado […].  Informei que iria sobrar dinheiro e que, se ele quisesse, eu poderia comprar um biscoito para ele. Ele falou que biscoito não ia enchê-lo e que não iria matar a fome. Ai eu falei: ‘Olha, eu só tenho esse dinheiro’. Acabou que eu entrei no mercado, comprei o que eu queria e depois fui embora”, detalhou.

Veja:

A vítima conta que, no momento em que deixou o comércio, o morador de rua passou a persegui-la. “Quando fui embora, ele me seguiu. Só que como ele não estava em alta velocidade e não demonstrou ter intenção alguma, eu achei normal e fui caminhando para a minha casa, até a gente chegar no beco que tem ao lado do Sigma. Nesse beco, ele meteu o murro no meu nariz e saiu correndo para o outro lado”, contou a jovem.

A situação, de acordo com Bianca, a deixou em choque: “Eu estava desesperada sem saber se eu ligava para a polícia, se ligava para os meus pais. Então, isso é um alerta para vocês tomarem cuidado porque ali realmente é uma área muito perigosa”.

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