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Sobe para 106 o número de mortos em Pernambuco em decorrência das chuvas.

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Ao todo, 6.198 pessoas estão desabrigadas e ao menos 10 continuam desaparecidas no Estado; apesar da chuva continuar com intensidade moderada, buscas estão mantidas.

Sobe para 106 o número de mortos em Pernambuco por consequência de enxurradas e deslizamento de terra provocadas pelas fortes chuvas que atingem o Estado desde a semana passada. Ao todo, 10 pessoas continuam desaparecidas e outras 6.198 estão desabrigadas no momento. Destes, oito foram identificados e a identidade de outras duas pessoas segue sendo investigada, já que faltam informações oficiais.  O boletim atualizado contém números da Central de Oppessoas erações da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado (Codecipe) e foi divulgado nesta terça-feira, 31. A Defesa Civil mantém o alerta para deslizamentos, por conta das condições do solo, ainda encharcado nas áreas afetadas.

“Para se chegar a esse número [de mortos], cruzamos uma série de informações disponíveis, como as ocorrências geradas no Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods), os resgates feitos nas áreas afetadas, perícias realizadas no Instituto de Medicina Legal (IML) e relatos de familiares aos serviços de Defesa Civil e assistência social. Há um esforço de todos para, além de termos precisão no monitoramento e atualização da situação, também fornecer o apoio necessário às vítimas e familiares neste momento de dor”, ressaltou o secretário de Defesa Social, Humberto Freire. Já os desaparecidos estão sendo totalizados a partir dos relatos de cidadãos, 14 deles estão confirmados e outros dois são imprecisos.

As forças de segurança pública e defesa social, lideradas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) e compostas pela Defesa Civil, Forças Armadas, Samu, PRF e órgãos municipais, estão atuando nesta terça em quatro áreas de deslizamento e dois locais onde duas pessoas teriam sido levadas pelas enxurradas. Ao todo, 436 profissionais atuam nas buscas, entre  bombeiros de Pernambuco e de outros Estados, demais forças amigas, com emprego de embarcações, cães de busca, aeronaves e todos os recursos disponíveis. Todas as ocorrências estão na RMR.

Ao todo, 24 municípios decretaram situação de emergência: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Moreno, Nazaré da Mata, Macaparana, Cabo de Santo Agostinho, São Vicente Ferrer, Paudalho, Paulista, Goiana, Timbaúba, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Abreu e Lima, Araçoiaba, Igarassu, Aliança, Glória do Goitá, Vicência, Bom Jardim, Limoeiro e Passira. Na madrugada e primeiras horas da manhã desta terça foram observadas chuvas moderadas, com maiores volumes registrados em Goiana (65 mm), Cabo de Santo Agostinho (63 mm), Paulista (35 mm) e Recife (30 mm). A Agência Pernambucana de águas e Clima (Apac) prevê a continuidade de chuvas rápidas ao longo do dia, ainda com volumes moderados, tanto na Região Metropolitana do Recife (RMR) como na Mata Norte. Na Mata Sul, Agreste e Sertão as chuvas serão isoladas e com poucos acumulados. A mesma previsão é válida para a quarta-feira, 1º de junho.

Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas, alguns pontos da Rede de Alerta de Rios atingiram a cota de alerta para acumulados de chuva. Foram emitidos dois novos avisos hidrológicos para os rios Sirigi (Vicência) e Capibaribe Mirim (Timbaúba), ambos na Bacia do Goiana. O reservatório de Goitá, que cumpriu sua função no plano de contenção de cheias, acumulando cerca de 75% de sua capacidade total, teve a abertura parcial de uma das comportas, dentro dos protocolos previstos.

JP NEWS

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