O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade de Brasília (UnB) decidiu, na tarde desta sexta-feira (7/6), conceder um diploma post mortem a Honestino Guimarães (foto em destaque). A instituição anulou o desligamento do estudante e efetuou um registro de concessão dos créditos remanescentes. Assassinado pela ditadura, o jovem cursou geologia, mas, em 10 de outubro de 1973, foi preso por agentes da repressão, levado ao Centro de Inteligência da Marinha (Cenimar) e nunca mais visto.
A reunião do Consuni começou às 14h30, no auditório do prédio da Reitoria da UnB. Os conselheiros discutiram outras pautas antes da votação. Honestino Guimarães ficou em primeiro lugar no primeiro vestibular para o curso de geologia.
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Arquivo pessoal/Família de Honestino Guimarães
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Divulgação
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Desaparecido político, o jovem foi perseguido durante a ditadura militar por participar de mobilizações estudantis e liderá-las, assim como por manter a União Nacional dos Estudantes (UNE) em funcionamento clandestino e por atuar em uma organização de resistência contra o regime.
O estudante era presidente da Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília em 1968, ano marcado por manifestações contra os militares e pela invasão de agentes da ditadura ao campus Darcy Ribeiro, em agosto.
Honestino acabou expulso da UnB por meio do mesmo ato que nomeou José Carlos de Almeida Azevedo vice-reitor e interventor militar na universidade. Ele viveu na clandestinidade entre 1968 e 1973, mas manteve a atuação política. Em 1994, foi dado oficialmente como morto e nunca teve o corpo encontrado.