Pessoas com visto humanitário ou refugiadas no Brasil serão isentadas da taxa de revalidação de diplomas gerados pela Universidade de Brasília (UnB).
A decisão, tomada pelo Conselho de Administração (CAD) da UnB, na semana passada, tem como objetivo “facilitar o acesso desse público à educação, além de fortalecer as políticas de direitos humanos da universidade”.
De acordo com o relato de Leonardo Cavalcanti, coordenador científico do Observatório das Migrações (Obmigra) e professor da universidade, as pessoas pagavam taxas entre R$ 3 mil e R$ 4 mil pelo serviço.
Segundo a UnB, a iniciativa foi tomada após pedidos feitos pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH).
“São pessoas que muitas vezes ao deixarem os seus países saem só com a roupa do corpo. Hoje temos mais um marco dos direitos humanos na UnB”, comemorou a reitora Márcia Abrahão.
Conforme informou a UnB, o isenção era, anteriormente, oferecida apenas a servidores docentes e técnicos-administrativos da Universidade.
“A aprovação da isenção de taxas para refugiados e pessoas com visto humanitário é um passo a mais no que diz respeito à política de inclusão social promovida pela Universidade de Brasília, possibilitando que esse grupo de pessoas possa usufruir com maior facilidade o acesso à educação ou mesmo de se integrarem ao mercado de trabalho, buscando por vagas de emprego que exigem graduação e pós-graduação, a partir da revalidação de diplomas obtidos no exterior”, pontuou o secretário de Assuntos Acadêmicos, Henrique Soares.