Sancionado como lei em 2011, o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal (PDTU-DF) pode passar por atualização pela primeira vez em até 16 meses. O documento, que estabelece políticas e diretrizes para gestão desse serviço público, deve ser elaborado por todas as cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes. Atualmente, a capital do país tem 2,8 milhões.
Na sexta-feira (9/2), a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) assinou convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para revisão do plano. A análise ficará a cargo do Laboratório de Transportes e Logística (Lab Trans) da instituição federal de ensino superior.
Antes disso dos 16 meses definidos, a Semob poderá reavaliar as linhas de ônibus em operação e as integrações com base em dados apresentados de maneira preliminar. No entanto, prazo para desenvolvimento das propostas será de até 15 anos.
Os técnicos do Lab Trans vão atuar por meio de pesquisas com a população, inclusive com habitantes de 13 municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Assim, a amostra considerada será de 3,1 milhões de pessoas.
Com esse público e nas áreas escolhidas, os pesquisadores levantarão as condições da prestação dos serviços de transporte coletivo e dados para a projeção de cenários para os 15 anos previstos.
As equipes deverão entrevistar passageiros e traçar perfis com itinerários das viagens. Com essas informações, o Lab Trans deverá apresentar um diagnóstico da mobilidade urbana do Distrito Federal e Entorno, além de levantamentos como alternativas e projeções de demanda.
O convênio assinado prevê, ainda, ao menos quatro audiências públicas para que PDTU-DF seja debatido com a população.
Objetivos
Desde a sanção da lei que dispõe sobre o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal, o texto prevê a apresentação de uma proposta de gestão compartilhada para municípios do Entorno e a articulação dos vários modos de transporte com a finalidade de atender às exigências de deslocamento da população – mediante uma rede integrada que priorize modais coletivos e não motorizados.
Prioridades do PDTU-DF:
Circulação dos coletivos em relação aos automóveis;
Uso de tecnologia adequada a cada segmento de demanda;
Adoção de sistema de controle e de vias/faixas exclusivas/prioritárias;
Criação de rede de calçadas e ciclovias, com respeito às normas de acessibilidade universal;
Criação de sistema de informação ao usuário com eficiência, de forma a permitir o uso racional e a compreensão do sistema;
Instituição de um sistema de gestão compartilhada do sistema de transporte integrado entre o DF e municípios do Entorno.
Com caráter estratégico, as diretrizes, ações e investimentos propostos por meio do plano visam atender a demandas futuras de transporte, considerados os diversos elementos desse sistema: vias, operação, segurança de trânsito, estacionamento, usuários, entre outros.
Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob)