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Tesoureiro do BRB desviou R$ 3,5 milhões de cofre em apenas três meses

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Com mais de 20 anos de serviço público, o tesoureiro de uma agência do Banco de Brasília (BRB) alvo da Operação Jogo Sujo – deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) – teria desviado R$ 3,5 milhões em apenas três meses e alegou ter perdido toda a quantia em apostas on-line, segundo as apurações. O pedido de investigação partiu da própria instituição financeira.

A Delegacia de Repressão à Corrupção, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/Decor), investiga o caso, com apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep). A operação ocorreu no último sábado (17/2).

As apurações revelaram que o servidor público, com acesso ao cofre da agência e conhecimento das operações de caixa, retirava dinheiro da instituição e depositava em conta pessoal, falsificando documentos para fazer parecer que tudo estava em ordem na tesouraria.

No curso das investigações, surgiram ainda indícios de que o servidor desviava o dinheiro para, depois, aplicar em jogos de apostas virtuais. A apuração começou após o BRB comunicar à polícia que constatou irregularidades nos registros contábeis da agência onde trabalha o tesoureiro.

A PCDF destacou que as buscas “tiveram como objetivo a consolidação e o robustecimento dos elementos probatórios coligidos para conclusão do inquérito em andamento, visando arrecadar mais elementos de prova hábeis a reforçar os indícios presentes no inquérito policial e direcionar a continuidade das investigações, além de observar o possível envolvimento de outras pessoas, incluindo servidores”.

Ficou determinado, também, o bloqueio de valores existentes em contas correntes e poupanças, investimentos, ativos financeiros e seguros de vida titularizados pelo servidor no limite de R$ 3,5 milhões.

O suspeito é investigado pela possível prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. As penas, caso ele seja condenado, podem chegar a 22 anos de prisão.

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