Atraído para uma emboscada por um perfil falso de mulher, Marcelo Eduardo Aprígio da Cruz foi alvo de 20 disparos por grupo criminoso rival. No atentado, ele levou cinco tiros, principalmente no braço, mas sobreviveu.
O crime ocorreu na quadra da 406 da Asa Norte, em janeiro do ano passado, e a investigação foi concluída no domingo (3/3) com a prisão do último suspeito do caso. A violência teria ocorrido por um “acerto de contas”.
De acordo com as investigações, crime foi minuciosamente planejado. O grupo criou um perfil falso de mulher nas redes sociais para atrair a vítima a um encontro. Quando a vítima chegou ao local, foi surpreendida com os disparos de duas pistolas, uma calibre .40 e outra de calibre .380.
O detento foi preso em Sobradinho, por tentativa de homicídio qualificado. Veja as imagens do tiroteio:
O perfil foi apagado logo após a emboscada fatal. Quando percebeu a armadilha, Marcelo saiu de um carro preto do modelo Fox, da marca Volkswagem, e correu para as escadarias do Bloco A da quadra. O Metrópoles apurou, na época dos disparos, que ele tinha ao menos 40 passagens pela polícia por envolvimento com tráfico de drogas.
Assista a momentos após o crime:
Uma das armas foi encontrada 17 dias depois do crime, no Setor de Mansões, em Sobradinho II, com três indivíduos que reagiram a uma abordagem da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e dispararam na direção da viatura da PM. Na fuga, estes indivíduos deixaram cair a mesma arma utilizada na tentativa de homicídio em questão.
A 2ª DP acompanhava os passos do suspeito detido, que havia fugido do Distrito Federal, retornando recentemente para o DF. Um outro suspeito do crime foi preso em maio do ano passado e o terceiro foi assassinado após o crime.
Foram expedidos um mandado de prisão temporária pela tentativa de homicídio e um mandado de prisão preventiva pelo descumprimento de medidas de proteção à ex-companheira do suspeito.
Além desses dois mandados, ainda foi cumprido um mandado de recaptura, já que o procurado faltava cumprir penas pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, roubo em comércio e roubo de veículo. Ao todo, são 14 anos de reclusão em regime fechado.
Se condenado, o homem que foi preso pode pegar uma pena máxima aproximada de 20 anos pelo crime de homicídio tentado qualificado por impossibilidade de recurso da defesa da vítima.
