HomeBrasíliaAmiga de vítima após camarote desabar no DF: “Tinha gente desmaiada”

Amiga de vítima após camarote desabar no DF: “Tinha gente desmaiada”

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A estudante Larissa Alves Meireles dos Santos, 22 anos, estava em outra festa quando recebeu a notificação no celular. Era uma amiga, que estava no Bar Vitorino, em Ceilândia, pedindo socorro. “Ela me ligou e pediu para eu vir aqui acompanhar ela, porque não tinha ninguém. Vim correndo”, relembra.

Larissa conta que, quando chegou ao local, ainda tinha algumas pessoas feridas sendo socorridas. “Tinha algumas pessoas desmaiadas”, diz.

“Eu acompanhei quase todas as vítimas. Todos fizeram raio-x, tomografia, e, graças a Deus, não deu nada”, comentou.

A amiga da jovem sofreu ferimentos leves na lombar e no quadril. Segundo Larissa, uma vítima teria quebrado a bacia e deslocado o tornozelo. Por isso, teve de passar por cirurgia.

Ao todo, 11 pessoas ficaram feridas com o desabamento do mezanino do Bar Vitorino, na madrugada deste domingo (14/4), em Ceilândia. A estrutura foi inaugurada havia pouco tempo. O produtor de eventos e DJ Edson Rodrigues Seixas, 20 anos, estava no local quando tudo aconteceu e conversou com o Metrópoles, nesta manhã. “A estrutura não aguentou a quantidade de pessoas, que não estavam colaborando muito, pulando, badernando”, disse.

O espaço funcionava no mezanino do bar, localizado na QNN 23 de Ceilândia. O acidente aconteceu por volta das 4h30, quando o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado para socorrer as vítimas.

 

O DJ Edson Rodrigues ia começar a tocar quando o desabamento aconteceu. Segundo ele, o mezanino era uma área privativa do evento, e funciona como camarote, que estava lotado na hora. “Ele tinha acabado de passar por uma reforma. Aquele mezanino não existia. Na verdade, era o terceiro, quarto dia dele. Foi uma reforma agora do estabelecimento. Aí aconteceu essa infelicidade”, lamentou.

Segundo Rodrigues, o público estava concentrado no mezanino, mas a parte embaixo da estrutura estava relativamente vazia. “Não teve nenhum ferido tão grave por isso. Ninguém recebeu a pancada embaixo”, afirmou.

O DJ relembra que a estrutura começou a ceder e teria despencado devagar. “Foi meio que entortando”, explicou ele, acrescentando que a orientação dos donos do lugar sempre foi que evitassem uma quantidade muito grande de pessoas na parte de cima do bar, no camarote. “O aviso que a gente tinha era esse: quando começar o evento, avisar para o pessoal se retirar daquela área. Porque tinha muita gente e eles já queriam evitar uma situação que poderia vir a ocorrer”, garantiu.

A estrutura metálica estava fixada a uma altura de aproximadamente de dois metros e meio. A responsável pelo bar disse aos bombeiros que no momento do acidente havia, aproximadamente, 100 pessoas no local. Não há informação sobre quantos clientes estavam no camarote no momento em que o mezanino cedeu.


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As vítimas sofreram luxações, escoriações e fraturas e foram transportadas para hospitais da região. Todos foram identificados apenas pelas iniciais:

M.G.M, 19 anos, foi socorrida e levada ao HRT, com suspeita de fratura no membro inferior direito, consciente, orientada e estável.
C.C, 24 anos, também foi levada para o HRT, com um corte contuso no membro inferior esquerdo, consciente, orientada e estável.
D.O, 22, foi socorrido na mesma unidade de saúde e se queixava de dor na região da lombar. Ele estava com suspeita de fratura no membro inferior direito, consciente, orientado e estável.
A adolescente L.M.G, 15 anos, foi socorrida e transportada ao HRT, com suspeita de fratura na região torácica, consciente, orientada e estável.
L.B.P.S, 22 anos, foi para o HRT, com suspeita de fratura no membro inferior direito e queimadura no membro superior direito, consciente, orientada e estável.
M.E.L, 29, foi socorrida para o HRT, se queixava de dor no membro superior esquerdo e suspeita de fratura no úmero, consciente, orientada e estável.
D.N.M, 23, foi socorrida para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Ela se queixava de dor no fêmur esquerdo, que apresentava edema e deformidade com motricidade comprometida. A jovem estava consciente, orientada e estável.
L.R.C, 30, foi socorrido e levado pelos bombeiros para o HRC, com fratura na tíbia, no tornozelo direito, sentia dor no quadril, corte no cotovelo esquerdo e ferimento abrasivo no abdômen, consciente, orientado e estável.
P.H.G.M, 31 anos, foi socorrido também no HRC, se queixando de dores nos braços e testemunhas relataram que ele teve perda de consciência, consciente, orientado e estável.

Outras duas vítimas do sexo feminino foram transportadas pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O estado de saúde delas não foi divulgado, apenas que elas estavam conscientes orientadas e estáveis.

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