Praticamente todas crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estão matriculadas em escolas do Distrito Federal. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnadc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 99,8% do público nesta faixa etária estuda.
No mesmo corte de temporal, no DF, 138 mil crianças de 0 a 5 anos de idade frequentavam escola ou creche, representando uma taxa de escolarização de 55,1%, e aumento de 3,6 pontos percentuais em relação ao ano de 2022.
Também houve crescimento de presença nos colégios na faixa etária de 4 a 5 anos, passando de 90,7% em 2022 para 94,1% em 2023.
Ao se observar a taxa de escolarização na capital do país, houve queda: passou de 32,2% em 2022 para 31,0%, em 2023. Mas ainda está acima da média nacional (27,1%), sendo a quinta maior do Brasil ao lado do Pará.
A taxa de escolarização entre os jovens de 15 a 17 anos foi de 94,1%, frente a 94,3% em 2022. Entre as pessoas de 18 a 24 anos e aquelas com 25 anos ou mais, 46,2% e 8,7% estavam frequentando escola, respectivamente.
Diferenças
Quanto às diferenças entre sexos, nas faixas até 14 anos, os homens apresentaram maiores taxas de escolarização. No entanto, nas faixas de 15 a 17 anos, 18 a 24 anos e de 25 anos ou mais, as mulheres têm maiores taxas.
Com relação à taxa de escolarização por cor ou raça, de forma geral, observou-se uma pequena diferença. Brancos apresentaram uma taxa média de 31,7% e pretos ou pardos, de 30,6%.
A diferença se acentua ao se analisar as taxas de escolarização por cor ou raça segundo as faixas etárias maiores, visto que 58,5% das pessoas brancas de 18 a 24 anos estavam estudando, frente a 39,7% das de cor preta ou parda.
Já na faixa de 25 anos ou mais, não há diferença: brancos e pretos ou pardos apresentam taxa de 8,7%.
Analfabetismo
O DF registrou 42 mil pessoas de 15 anos ou mais de idade analfabetas em 2023. Percentualmente, é equivalente a uma taxa de analfabetismo de 1,7%, bem abaixo da taxa registrada no Brasil, de 5,4%.
Em comparação às unidades da Federação, o DF apresentou a menor taxa de analfabetismo. As piores taxas ficaram com Alagoas (14,2%), Piauí (13,3%) e Paraíba (13,2%).
No DF, o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2023, 26 mil analfabetos tinham 60 anos ou mais. A taxa é de 6,9% para este grupo etário.
Na comparação por sexo, a taxa de analfabetismo das mulheres de 15 anos ou mais, em 2023, foi de 1,8%, enquanto a dos homens ficou em 1,5%.
Na análise por cor ou raça, entre as pessoas brancas de 15 anos ou mais, 1,4% era analfabeta. Já entre pretos ou pardos na mesma faixa etária, este indicador foi de 1,9%.
Para o grupo etário de 60 anos ou mais, a proporção foi de 4,7% para brancos e 8,7% para pretos ou pardos, uma diferença de 4 pontos percentuais.
Recorde
Segundo o IBGE, no DF, 73,6% das pessoas de 25 anos ou mais de idade terminaram, no mínimo, o ensino médio. É o maior percentual do país. Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino superior completo, que subiu de 31,3% em 2016 para 39,7% em 2023.
Rede pública e privada
Estima-se que no DF havia 980 mil estudantes em 2023. A rede pública tem atendido a maior parte deles: 60,5% dos alunos na creche e pré-escola; 70,5% dos estudantes do ensino fundamental regular; e 74,0% do ensino médio regular.
A rede privada atendeu a maior parte dos estudantes de cursos de ensino superior, especialização, mestrado e doutorado.
Em 2023, 80,1% dos estudantes de graduação frequentavam uma instituição de ensino privada. Nos cursos de pós-graduação, a rede privada foi responsável por 73,6% dos alunos.
Frequência
Em 2023, no DF, a taxa ajustada de frequência escolar líquida para a faixa etária de 18 a 24 anos no ensino superior foi de 44,3%. É a maior do país.
De acordo com o IBGE, 96,7% das crianças de 6 a 14 anos frequentavam o ensino fundamental, etapa escolar idealmente estabelecida para esta faixa etária. Frente a 2022, houve aumento de 1,4 ponto percentual.
Já entre os jovens de 15 a 17 anos, 78,6% frequentavam o ensino médio ou haviam concluído essa etapa. Na comparação com 2022, houve queda de 1,3 ponto percentual.
Estudo, ocupação e nem-nem
Entre as pessoas de 15 a 29 anos, 20,7% estavam ocupadas e estudando. Já 29,7% não estavam ocupadas, porém estudavam. Por fim, 35,8% estavam ocupadas e não estudando.
Enquanto 13,8% não estavam ocupadas nem estudando, conhecidos como jovens “nem-nem”. Percentual abaixo da média nacional, registrada em 19,8%.