O homem em situação de rua, identificado como Diego Arco Iris Nogueira Lima, que morreu após invadir um karaokê, passou seis minutos dentro do estabelecimento. Neste período, ele foi imobilizado por um agente administrativo da Polícia Federal (PF) e, em seguida, enforcado pelo segurança do local.
Um vídeo obtido pela coluna Na Mira mostra os momentos em que Diego esteve dentro do karaôke.
O caso ocorreu na madrugada dessa quarta-feira (21/2), na 305 Norte. Tudo começou quando Diego, segundo testemunhas, entrou no bar. Ele estava com uma faca e teria ameaçado o servidor e o segurança.
O Metrópoles detalhou, minuto a minuto, o que ocorreu dentro do estabelecimento, do momento em que Diego invade o lugar até a hora em que está deitado, amarrado com fios elétricos e já sem nenhuma reação.
Veja o minuto a minuto no vídeo
O vídeo começa quando o agente administrativo da PF, o segurança e outro homem entram no bar já em luta corporal com Diego. É possível ver o servidor, de casaco branco e armado em cima da vítima.
1:38 a 5:00
A partir de 1:38, as imagens mostram o segurança do karaokê de volta à cena. Diego consegue levantar do chão e sair do alcance do agente administrativo da PF. Em 1:42, o segurança começa a aplicar o golpe conhecido como “mata-leão”.
Os dois se debatem no chão. O segurança permanece sobre Diego até o minuto 5:12. Nesse intervalo, a partir do minuto 2:44, outros homens entram em cena e começam a amarrar as mãos e os pés de Diego com cabos elétricos.
5:13 a 5:50
A partir dos 5 minutos e 13 segundos, o segurança sai de cima do homem. As imagens mostram, então, Diego já sem reação e com as mãos e os pés amarrados. Os outros homens que estão no local o viram e ele permanece sem reagir.
A Polícia Militar chegou a ser acionada. Quando os militares chegaram ao local, os envolvidos perceberam que Diego não estava se movimentando. O agente e os PMs tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. O Corpo de Bombeiros chegou e constatou o óbito na hora.
O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (área central) e o segurança que aplicou o mata-leão foi autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.