O celular do amigo de Lucas da Silva Resende Monte (foto em destaque), 20 anos, encontrado morto nessa terça-feira (13/2), foi apreendido por apresentar “suspeita”, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O dono do aparelho tem 18 anos e é morador do local onde o corpo do estudante foi encontrado. Lucas estava desaparecido desde 10 de fevereiro.
Conforme informado pela corporação, o corpo da vítima estava sem camisa e com as calças abaixadas até o meio da coxa. O jovem recebeu diversas facadas no peito e não havia indícios de luta corporal – comumente observados quando alguém tenta se defender de outra pessoa.
Ao Metrópoles o delegado chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, afirmou que, apesar de trabalhar com a hipótese de ter havido um homicídio, outras linhas de investigações não estão descartadas.
“Queremos saber, em uma segunda linha, se pode ter ocorrido um suicídio, considerando inclusive a possibilidade de [as] lesões [serem] superficiais, rasas na maior parte do corpo do Lucas. Tudo isso será verificado de forma bem refinada no curso da investigação”, salientou o delegado.
A perícia inicial da PCDF verificou que Lucas pode ter sido golpeado e morto no mesmo local onde foi achado o corpo. Todo o imóvel passou por testes com luminol, para localização de eventuais vestígios de sangue, mas não foram identificadas de marcas, nem mesmo lavadas.
Veja imagem do local:
O caso
O universitário estava desaparecido desde 10 de fevereiro. Pai da vítima, o servidor público Rodrigo Monte, 42, contou à reportagem que, no dia do desaparecimento, um dos colegas de Lucas entrou em contato com ele e afirmou que o estudante havia sumido.
Além disso, esse colega teria dito que Lucas havia deixado o condomínio sem celular, sem mochila e sem ser notado.
Em depoimento, um amigo da vítima contou à PCDF que, na sexta-feira-feira (9/2), tinha passado com Lucas por um bloco de pré-Carnaval no Setor Bancário Sul (SBS). Na sequência, a dupla, acompanhada de outros dois colegas, foi para a casa do depoente, no condomínio Alto da Boa Vista, em Sobradinho – onde todos viraram a noite.
O morador do imóvel relatou ainda que soube de “um fato que causou desconforto em Lucas” e que o universitário teria tentado “ficar” com um dos colegas dentro da casa, mas foi rejeitado. Após a negativa, a vítima supostamente deixou o endereço “por uma saída lateral”.
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Na madrugada de domingo (11/2), porém, o pai do universitário mandou mensagem para o celular do filho e, pela manhã, recebeu resposta em nome de um quarto amigo do estudante. Esse remetente seria próximo de Lucas, segundo Rodrigo contou à PCDF, e afirmou que o jovem teria desaparecido.
O pai do rapaz afirmou que verificou câmeras de segurança do condomínio Alto da Boa Vista, mas não havia gravações do momento em que Lucas teria deixado a casa do amigo. Na tarde dessa terça-feira (13/2), ao menos cinco pessoas prestaram depoimento na 13ª DP.