A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, onde um bebê de 1 ano morreu nessa quarta-feira (15/5) à espera de transferência para uma unidade de terapia intensiva (UTI), está superlotada.
Veja imagens da UPA do Recanto das Emas:
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Durante a visita, a parlamentar encontrou, na pediatria, uma sala planejada para quatro pacientes, sete crianças. No entanto, alguns leitos estavam vazios, enquanto doentes aguardavam em outros espaços do recinto.
Morte de bebê
A família de Enzo Gabriel, morto antes de completar 2 anos de vida, criticou a unidade de saúde e apontou negligência no atendimento. O caso é investigado pela 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).
Na segunda-feira (13/5), a família de Enzo o levou a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Taguatinga. O menino apresentava dificuldades para respirar e recebeu diagnóstico preliminar de bronquiolite, pneumonia e asma.
Os médicos liberaram a criança e prescreveram tratamento com antibiótico para ser administrado em casa. Contudo, o quadro do menino piorou. No dia seguinte, a família voltou à UBS, e o paciente foi encaminhamento para uma UPA.
Por volta das 12h50, na unidade de pronto-atendimento, Enzo Gabriel recebeu diagnósticos de pneumonia avançada e dengue. A saúde dele continuou a piorar e, por volta das 19h, o menino foi intubado.
A família, então, tentou uma vaga em UTI e conseguiu, mas não havia transporte da UPA até o Hmib. O bebê passou a madrugada na UPA, assistido por uma equipe de saúde, mas não resistiu e morreu na manhã de quarta-feira (15/5).
“Demora não foi fator relevante”
Por meio de nota, o Iges-DF lamentou “profundamente o caso” e informou que a equipe assistencial “segue consternada com o ocorrido”. A instituição acrescentou que a criança chegou à UPA com desconforto respiratório, “foi prontamente atendida, recebeu medicação e realizou exames”.
“O quadro evoluiu com piora, e foi detectada pneumonia com derrame pleural e dengue aguda. Nesse momento, o paciente foi para a Sala Vermelha, onde recebeu toda a assistência necessária para o caso. A equipe médica pediu uma vaga na UTI e, após resposta positiva, foi solicitada a remoção do paciente”, detalhou o Iges-DF.
O instituto ainda reconheceu a demora no transporte do paciente, mas não considerou haver “negligência médica ou falha no atendimento”. “Informamos, também, que a demora na remoção não foi fator relevante para o desfecho clínico do caso, pois, por estar na Sala Vermelha, [o paciente] recebia cuidados equivalentes ao de uma UTI”, completou o texto.
Também por meio de nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) comunicou que “não teve envolvimento no caso”, pois disponibilizou leito para a criança e não foi acionada para fazer o transporte do menino, cujo deslocamento ocorreria em uma ambulância do Iges-DF.