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PCDF apura morte de paciente com dengue em UPA como homicídio culposo

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a morte de Cíntia Maria Dourado Mendes (foto em destaque), 42 anos como homicídio culposo – não intencional. Com dengue, a moradora de Brazlândia havia buscado atendimento duas vezes na unidade de pronto-atendimento (UPA) da região administrativa. Na segunda ocasião, porém, um servidor que a transportava em uma cadeira de rodas deixou a paciente cair. Pouco depois, ela morreu.

O caso, que aconteceu na segunda-feira (12/2), é investigado pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). Depois do início dos sintomas da dengue, Cíntia havia sido levada primeiro para a tenda de hidratação de Brazlândia. Com a piora do quadro, ela deu entrada na UPA da região, mas acabou liberada para voltar para casa.

Na segunda vez, Cíntia retornou à UPA, com sintomas respiratórios e sem ter como se locomover. “Uma queda da cadeira de rodas conduzida [por um profissional da saúde] teria gerado uma crise convulsiva e a retirada da senhora de maca para atendimento em área privada [a ala vermelha] do hospital. Posteriormente os médicos de plantão retornam comunicando o óbito da mulher”, detalhou a PCDF, com base no depoimento do marido da paciente, o vigilante Fabiano Vieira Mendes, 43.


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A queda ocorreu na madrugada da última segunda-feira (12/2), segundo Fabiano, depois de ele e os dois filhos do casal chegarem à UPA com Cíntia. “Como ela não conseguia andar e estava bastante abatida, pedi que a equipe da unidade a buscasse dentro do carro. Eles foram pegá-la em uma cadeira de rodas, mas a deixaram cair e bater com a nuca no meio-fio enquanto subiam uma rampa. Na hora, ela começou a revirar os olhos”, contou.

Veja a cronologia dos fatos:

Quarta-feira (7/2): Cíntia apresentou os primeiros sintomas de dengue;
Sábado (10/2): teve piora no quadro de saúde e foi levada para a tenda de hidratação de pacientes com dengue, em Brazlândia; lá, recebeu soro na veia, fez exames de sangue, foi orientada a voltar para casa e a ir até uma UPA caso piorasse;
Domingo (11/2): começou a sentir dor no peito e a ter dificuldade para respirar; à noite, foi para a UPA de Brazlândia, mas acabou liberada novamente por um médico;
Segunda-feira (12/2): a família de Cíntia voltou com ela para a UPA, depois de a paciente apresentar piora; ao ser retirada do carro por um servidor da saúde, ela foi derrubada da cadeira de rodas e bateu a nuca no meio-fio.

Em seguida, Cíntia teve de ser levada imediatamente para a ala vermelha da unidade de saúde. Cerca de meia hora depois, um médico contou à família que a paciente tinha suspeita de trombose pulmonar e havia sofrido parada respiratória. Uma equipe de saúde teria conseguido reanimá-la, mas precisaram intubá-la na sequência.

Pouco tempo depois dessa primeira notícia, um médico voltou a falar com Fabiano e disse que a paciente não resistiu. “Acredito que nada disso teria acontecido se ela tivesse sido internada desde a primeira vez em que buscamos atendimento. A pessoa chega em estado grave e é mandada de volta para casa?”, indignou-se.

O corpo de Cíntia passou por perícia no IML, e o laudo deve ficar pronto em 30 dias. Ela foi enterrada na tarde de quarta-feira (14/2), no Cemitério de Brazlândia.

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela administração da UPA de Brazlândia, detalhou que aguarda o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) para descobrir a causa da morte. “Neste momento, colaboramos com as autoridades competentes e fornecemos todo o suporte necessário para a investigação em andamento”, destacou a instituição.

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