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Fuga em Mossoró: empresa de manutenção investigada tem sede no SIA

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A empresa contratada para fazer obras de manutenção no presídio federal de Mossoró, que registrou as duas primeiras fugas da história em uma prisão, tem sede no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), no Distrito Federal.

Apontada por suposto esquema de “laranjas”, a R7 Facilities, agora alvo de investigação, tem contratos milionários com o governo federal. No entanto, o sócio administrador recebeu o benefício do auxílio emergencial e tem dívidas ativas em valores inferiores a R$ 10 mil.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, responsável pela administração das penitenciárias federais, informou que vai pedir investigações aos órgãos competentes federais sobre a lisura da empresa citada (veja abaixo as notas na íntegra).

A manifestação da pasta ocorreu após denúncias publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo nessa quarta-feira (21/2). As informações foram confirmadas pelo Metrópoles.

Pelo portal da transparência, a empresa venceu pregão eletrônico e foi contratada por R$ 1,7 milhão em abril de 2022, na gestão do então ministro Anderson Torres, no governo de Jair Bolsonaro (PL).

No ano seguinte, o contrato foi renovado por mais 12 meses, com vigência até abril deste ano. A renovação ocorreu sob a gestão de Flávio Dino, já no governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além desse contrato, a R7 Facilities tem vencido licitações públicas desde 2016 e recebeu R$ 372.867.335,98, em repasses do governo federal.

A empresa também tem participado de licitações com o Governo do Distrito Federal, arrecadando R$ 10.788.811,77 dos cofres públicos dos brasilienses a partir do mesmo período.

Auxílio emergencial

Apesar dos montantes, o sócio administrador da empresa é Gildenilson Braz Torres, que recebeu R$ 4,5 mil em auxílio emergencial.

Em 2020, Gildenilson recebeu cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300. Em 2021, foram pagas três parcelas de R$ 150, mas o sócio da empresa milionária teve de devolver uma para o governo federal.

No ano em que a empresa faturava milhões em contratos com o governo federal, Gildenilson recebeu sentença de penhora em bens para pagar uma dívida de R$8.581,44. O processo está no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

A empresa foi aberta em 2009 e teve outros sócios. O primeiro “dono” foi Ricardo de Souza Lima Caiafa, e o empreendimento foi registrado com o nome dele na época da abertura.

Em 2022, Caiafa recebeu 3.879 votos e foi eleito suplente pelo Partido Liberal (PL) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

O nome dos dois está em um contrato firmado com a Procuradoria-Geral da República no valor de R$ 7.649.865,96, fechado em 2020 e 2022.

Além de Gildenilson e de Ricardo, Wesley Fernandes Camilo foi sócio da R7 Facilities. Em 2021, ele assinou contrato para prestação de serviços do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF) de R$ 634.999,00 após 30 meses.

Wesley teria ficado até 2023, como sócio. Atualmente, ele é brigadista em um hospital particular do Distrito Federal, com salário de R$ 4 mil, conforme revelou o Estadão.

Procurada pelo Metrópoles, a R7 Facilities não respondeu aos questionamentos. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

Fuga em Mossoró

Em 14 de fevereiro, Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson “Tatu” Cabral Nascimento, de 33, fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Desde então, seguem foragidos.

A força-tarefa para encontrar a dupla conta com cerca de 300 agentes federais e estaduais, helicópteros e drones. Apesar do esforço, apenas rastros e pegadas, roupas e restos de alimentos foram encontrados na zona rural.

Deibson “Tatu” Cabral foi condenado a 81 anos de prisão em 2015. Ele tem condenações por assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio e já participou de uma quadrilha que teria cometido 12 sequestros, incluindo um prefeito da Bolívia. “Tatu” é apontado pela polícia como fundador do CV no Acre.

Investigação

O Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou, em nota, que a empresa atendeu aos requisitos técnicos para assinatura do contrato.

Veja a nota na íntegra: 

“O MJSP informa que a empresa citada em reportagem atendeu todos os requisitos técnicos para a assinatura do contrato, realizada em abril de 2022, tendo apresentado todas as certidões de conformidade junto a órgãos públicos, como Receita Federal, Tribunal de Contas da União, Tribunal Superior do Trabalho, Ministério da Gestão, Inovação e Serviços Públicos, entre outros.

Sobre o serviço prestado, de acordo com nota técnica emitida pela fiscalização do contrato, a empresa vinha cumprindo todas as suas obrigações, obedecendo os parâmetros pré-estabelecidos legalmente.

Ainda assim, o Ministério da Justiça e Segurança Pública irá acionar os órgãos competentes federais para que seja realizada rigorosa apuração referente à lisura da empresa citada.”

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