Morreu, na noite dessa quarta-feira (8/5), o desembargador Carlos Fernando Mathias de Souza (foto em destaque), aos 85 anos. Ele passava por tratamento contra um câncer e não resistiu.
O velório do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começa às 14h30 desta quinta-feira (9/5) e será na Capela 10 do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. O sepultamento está marcado para as 16h30.
Nascido no Rio de Janeiro, Carlos Fernando teve uma longa carreira em diversos órgãos do Judiciário e na academia. Ele deixa esposa, duas filhas e um neto.
Trajetória
Mathias se formou em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil – atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Integrou o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) e depois, indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi nomeado desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), onde ficou de 1995 a 2009.
De 2002 a 2004, atuou como vice-presidente do TRF-1 e, no fim da carreira como magistrado, atuou como desembargador convocado no STJ e foi o primeiro a desempenhar essa função na Corte.
Entre 2007 e 2009, atuou nos colegiados das três seções do STJ. Inicialmente, fez parte da Sexta Turma e da Terceira Seção; depois, integrou a Segunda Turma e a Primeira Seção; por último, encerrou a passagem pelo tribunal na Quarta Turma e na Segunda Seção.
Em meio às atividades em tribunais, também se dedicou ao mundo acadêmico: foi professor do curso de mestrado em direito na Universidade Federal de Goiás (UFG); das faculdades de Direito e Educação, do Departamento de Serviço Social e do Instituto de Ciências Humanas da Universidade de Brasília (UnB); além de lecionar no Centro Universitário de Brasília (Ceub).
Carlos Mathias ainda atuou como procurador do Distrito Federal e presidente dos conselhos Nacional Autoral e de Educação do Distrito Federal.
Notas de pesar
O STJ e TRF-1 divulgaram comunicados para lamentar a morte do desembargador. A presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura, destacou o carinho que todos tinham por Carlos Fernando.
“Convivi com Mathias nas sessões de julgamento da Sexta Turma e nos diversos eventos organizados por ele. Além de muito querido por todos, ele foi uma referência em temas importantes para o Judiciário – um legado que se multiplica nas centenas de alunos que puderam compartilhar do conhecimento dele. [Essa] é, sem dúvida, uma perda inestimável para o mundo jurídico”, comentou.
As diretorias da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) e da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAA-DF) também divulgaram nota de pesar pelo falecimento do jurista. “O professor formou uma geração de operadores do direito”, completou o texto.
