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Mesmo em greve, UnB não terá semestre cancelado, afirma reitora

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A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, confirmou, nesta quarta-feira (5/6), que o semestre letivo não pode e não será cancelado em decorrência da greve dos docentes, que segue há mais de 50 dias.

Em entrevista ao Metrópoles, a reitora disse que “apesar de a UnB ter feito greves durante toda a sua história, nunca um semestre foi cancelado”. Ela explica que suspendê-lo significaria “impedir as pessoas de se formarem e de ingressarem na universidade”.

Para Abrahão, ao tomar essa decisão de suspender o semestre letivo, acaba-se “fechando as portas da universidade para a sociedade”. “Então, por isso que a UnB nunca cancelou o semestre, ela sempre fez a reposição posterior”, explicou.


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Abrahão chegou a defender a autonomia dos professores em aderir ou não à greve. Isso porque alguns docentes continuam lecionando durante o período de paralisação. Sabendo disso, a reitora reforçou que “a greve não é uma imposição da universidade, nem da administração, nem do sindicato” e que “as pessoas que concordam aderem à greve, as que não concordam não aderem”.

Abrahão informou que a universidade vai priorizar a reposição do semestre, para não prejudicar tanto os estudantes quanto professores e técnicos-administrativos — que seguem paralisados há quase 90 dias.

“A UnB sempre respeitou o direito de greve e nós continuamos respeitando. Esse é o clima que hoje, de total respeito ao direito de greve, com a consciência de que a greve traz impactos negativos tanto para o funcionamento da universidade, quanto para a formação dos estudantes, quanto para a pesquisa, quanto para a extensão”, afirmou.

Além disso, ela ressaltou que a UnB se reúne semanalmente com os comandos de greve, seja dos técnicos e dos docentes, para avaliar e fazer pedidos sobre questões essenciais.

Andifes quer mediar debate sobre a greve

Além de reitora da UnB, Márcia Abrahão é presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). À frente da associação, ela se colocou à disposição para assumir o papel de mediadora no diálogo entre docentes e o governo federal sobre as propostas de reajuste salarial.

“É óbvio que traz impactos negativos para o funcionamento, para o estudante, para a sociedade em geral. Por isso que a gente [Andifes] se coloca à disposição para mediar a relação entre o governo e os sindicatos para que a greve tenha o desfecho no menor tempo possível, com o melhor resultado possível tanto para os sindicatos, para as categorias, quanto também para o governo”, disse.

Conforme o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), estão em greve 58 universidades federais, três institutos federais e dois centros federais de educação tecnológica (Cefets). O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) contabiliza que, dos 660 campi, 580 estão parados até o momento.


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A proposta dos servidores ao governo federal busca um reajuste salarial em 3,69%, em agosto de 2024; 9%; em janeiro de 2025; e 5,16%, em maio de 2026. Porém, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pelas negociações, disse não ter mais espaço no orçamento para dar o aumento neste ano e propôs dois reajustes, o de 9%, em 2025, e de 3,5%, em 2026.

Em meio a essa crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião para conversar com os reitores das universidades federais e institutos federais (IFs) na próxima segunda-feira (10/6). O tema do encontro segue desconhecido.

A Andifes tem a expectativa de conversar sobre orçamento e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das universidades. “Esperamos também que seja abordado o tema da greve, mas gostaríamos que até lá já estivesse estabelecido um acordo entre governo e sindicatos”, declarou Abrahão.

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