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Abin paralela: PF negocia delações e se prepara para encerrar o caso

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A Polícia Federal (PF) negocia novas delações premiadas para robustecer o inquérito que apura o acesso de informações oriundas do esquema de espionagem ilegal da chamada “Abin paralela”. As investigações estão em reta final e devem ser encerradas entre julho e agosto deste ano. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues.

Há indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria um dos beneficiados pelo esquema. “Há possibilidade da colaboração de investigados, que está em fase de discussão interna com os possíveis colaboradores e análise de material. As diligências estão em fase final”, completou o chefe da PF.

Entenda funcionamento

As investigações da Polícia Federal (PF) sobre o uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a espionagem ilegal de adversários políticos avançaram sobre o clã Bolsonaro, em janeiro último, com a operação que teve como alvo o filho 03 do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A corporação apura a utilização da Abin para o monitoramento de opositores e adversários políticos do ex-presidente entre 2019 e 2021, sob a gestão do então diretor do órgão, Alexandre Ramagem.

A espionagem paralela era feita por meio do software de inteligência israelense First Mile, adquirido durante o governo de Michel Temer. A ferramenta permite rastrear a localização de pessoas a partir de informações fornecidas por torres de telecomunicações.

As diligências da PF também tentam identificar se o clã se utilizou de informações da Abin para beneficiar os filhos do ex-presidente em inquéritos policiais.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou busca e apreensão em endereços ligados a Carlos Bolsonaro traz detalhes de como seria a atuação do grupo. Os agentes identificaram, até o momento, quatro núcleos responsáveis pelas atividades irregulares.

A operação de janeiro visou atingir o núcleo político da organização. Além de Carlos, foram alvo da ação a assessora do vereador Luciana Almeida e a assessora de Alexandre Ramagem — ex-diretor do Abin — Priscilla Pereira e Silva. De acordo com as investigações, as duas funcionárias atuavam como interlocutoras na troca de informações de interesse da família Bolsonaro.

Uma das evidências dessa relação foi a troca de mensagens encontrada pela polícia em que Luciana pede a Ramagem para descobrir inquéritos sigilosos em que membros da família Bolsonaro estariam envolvidos. O então diretor também teria, a pedido de Carlos, mapeado inquéritos eleitorais em curso na PF do Riocontra possíveis rivais políticos do vereador na cidade.

O outro núcleo, chamado de Alta Gestão, envolve o então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e servidores subordinados. Segundo a PF, a alta cúpula do órgão tinha total conhecimento do uso indevido de ferramentas da pasta e teria tentado dar uma aparência de legalidade às atividades.

Juntos, os dois núcleos seriam os responsáveis por interferir em investigações da Polícia Federal contra filhos de Jair Bolsonaro, produzindo provas a favor de Renan Bolsonaro e preparando relatórios para a defesa do senador Flávio Bolsonaro.

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