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Alvo da Operação Trap já foi preso por invadir sistema do Nota Legal

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Um dos alvos da Operação Trap no Distrito Federal atuava na organização criminosa como hacker, segundo a Polícia Civil (PCDF). As investigações dão conta de que o alvo do mandado de busca em apreensão cumprido em Ceilândia (DF) na manhã desta quinta-feira (14/3) tem 34 anos e tinha envolvimento com os líderes da quadrilha em Pernambuco.

O mesmo investigado foi alvo da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) da PCDF, em 2018, após invadir o sistema da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal (Sefaz) e desviar milhares de reais do programa Nota Legal.

A organização criminosa da qual o hacker faz parte, segundo as apurações da Polícia Civil no âmbito da Operação Trap, aliciava influenciadoras digitais para produzirem conteúdo erótico em troca de cachês supostamente milionários. Os bandidos, inclusive, simulavam fazer parte de uma agência de modelos.

As “selecionadas”, porém, eram extorquidas e ameaçadas de terem fotos e vídeos íntimas vazados. Intimidadas e com medo de terem as imagens expostas, as vítimas precisavam fazer pagamentos via Pix para contas de “laranjas” fornecidas pela organização criminosa. A PCDF ainda apura a função do hacker no esquema.

Fraude no programa Nota Legal

À época da operação de 2018, a polícia descobriu que o hacker cometia as fraudes contra o sistema do Nota Legal de casa, em Ceilândia, por meio de um notebook.

Ele chegou a ter a prisão temporária decretada pela Justiça, mas acabou liberado ao se comprometer a contribuir com as investigações. O investigado invadiu ao menos 306 contas, segundo a PCDF, e redistribuiu os créditos do programa para terceiros ou contas-fantasmas.

Ao analisar o material apreendido e o depoimento do hacker, os policiais descobriram que ele cobrava R$ 400 em troca da compensação de valores dos impostos sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Operação Trap

Agora, as investigações da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia) dão conta de que a organização criminosa alvo da Operação Trap procurava por jovens de 18 a 30 anos que fossem ativas nas mídias sociais.

Após escolherem a vítima, um dos integrantes da quadrilha usava um perfil falso no Instagram, dizia ser dono de uma agência de modelos e afirmava que a jovem se encaixava no perfil que a empresa procurava.

Depois do diálogo para conquistar a confiança das interessadas, esse criminoso mandava cópia de documentos, além de fotos e vídeos de conteúdos íntimos diversos. Em seguida, induzia a vítima a enviar materiais do mesmo tipo, sempre sob  a promessa de que ela seguiria carreira de modelo e que conseguiria altos cachês.

Veja imagens da operação:


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Milhões de reais

Para enganar as modelos, o golpista enviava prints de extratos de contas bancárias com milhões de reais de saldo e dizia que esses valores teriam sido alcançados por meio desse tipo de trabalho, especialmente videochamadas.

Em seguida, o bandido – por meio de um perfil falso que seria da suposta representante da agência de modelos – informava às vítimas que um cliente teria se interessado por elas e que pagaria uma quantia alta, na casa das centenas de milhares de dólares, caso elas realizassem os desejos dele por meio de uma chamada de vídeo no Facebook.

No fim da ligação, porém, o “cliente” informava que não pagaria mais, porque as vítimas não teriam obedecido as diretrizes dele. Depois disso, elas entravam em contato com a suposta agenciadora, e ela informava que resolveria a situação.

Extorsão

Dias depois, as vítimas eram contatadas por outro integrante do grupo criminoso, por meio de outro perfil falso no Instagram. A modelo passava a receber os vídeos que havia mandado para a suposta dona de agência ou gravados pelos “clientes” durante as videochamadas.

Assustadas, as vítimas entravam em contato com o perfil associado à falsa dona da agência de modelos, quando, então, eram informadas de que a proprietária da empresa teria sido assaltada e perdido aparelhos celulares que tinham fotos e vídeos das modelos.

A modelo ainda era informada de que a falsa agenciadora teria conseguido negociar com o assaltante para que ele não divulgasse os vídeos das jovens contratadas pela suposta agência. Porém, para isso, as vítimas teriam de entrar em contato com um perfil especificado do Instagram e pagar uma quantia em dinheiro.

A PCDF identificou vítimas no Distrito Federal e nos seguintes estados: Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os policiais cumpriram sete mandados de busca e apreensão nesta manhã, em Ceilândia (DF), no Gama (DF), em Jaboatão dos Guararapes (PE), em São Paulo e em São José do Rio Preto (SP).

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