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Aos 18 anos, brasiliense consegue bolsa de 100% em escola de ciência

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A estudante brasiliense Livia Xavier Paiva (foto em destaque), 18 anos, conseguiu uma bolsa integral para estudar na Ilum, escola de ensino superior interdisciplinar em ciência e tecnologia situada em Campinas, no interior de São Paulo.

Com previsão de início das aulas para a primeira semana de março, a jovem embarca na nova jornada para se tornar uma futura cientista no próximo dia 26.

A notícia da aprovação veio no início de fevereiro e, segundo ela, rodeada de uma grande carga emocional antes mesmo do resultado. O pai de Livia é dependente químico e, desde o início da adolescência, a jovem decidiu que se dedicaria a estudar avanços científicos e tecnológicos, principalmente nas áreas de neurociência e comportamento.

“Descobri a dependência do meu pai sozinha. Isso foi o que me motivou a querer aprender sobre ciência. Com pesquisas sobre o assunto, acabei me apaixonando pelo tema, e é o que quero para a vida. Adoro ler livros e estudar por 10 horas seguidas”, contou a brasiliense.


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Filha de pais separados, Livia mora com a mãe no Guará 1, mas sempre teve contato com o pai, que também reside na região. Ela estudou desde a quarta série do ensino fundamental no Colégio Militar Dom Pedro II e se formou no ensino médio em 2023.

Livia pretendia ser aprovada para estudar medicina na Universidade de Brasília (UnB), por meio do Programa de Avaliação Seriada (PAS) ou do vestibular tradicional da instituição quando descobriu a Ilum. A avó paterna, Miriam Mesquita, 75, foi quem apresentou a proposta para a neta, após assistir a uma reportagem sobre jovens cientistas na televisão.

“Ela sempre gostou de estudar. E, no início da adolescência, percebemos o potencial que ela tinha para áreas diferentes. Quando assisti sobre a escola de ciência, logo indiquei o caminho para a Livia pesquisar”, detalhou a avó.

“Eu queria medicina justamente por causa da ciência, para poder descobrir coisas novas, e me inscrevi na Ilum sem pretensão. Meu foco era estudar fora do país. Agora, estou muito feliz com essa oportunidade. Foi o casamento perfeito de tudo o que sempre quis”, comemorou Livia.

A candidata usou a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma carta de intenção e participou de uma entrevista para conseguir a vaga, que garantiu a ela uma bolsa de 100%.

Assista ao depoimento da estudante:

Graças aos benefícios com que contará, a estudante vai se mudar para Campinas para realizar o sonho. “Nunca fui a São Paulo. Ao mesmo tempo que tenho aquele medo da primeira experiência longe de casa, estou muito ansiosa e confiante de que vai valer a pena e que dar tudo certo. Quero desbravar novos horizontes, ter oportunidades”, disse Livia.

A Ilum

O curso terá duração de três anos. A instituição de ensino superior gratuita – onde fica o Sirius, um dos aceleradores de partículas mais avançados que existem no mundo – oferece moradia, alimentação, transporte e computador pessoal a 40 alunos por ano.

A estrutura para pesquisas científicas tem o tamanho de um estádio de futebol e é uma grande sala de aula para jovens estudantes como Livia.

Professores e pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), atuam na instituição, que forma grande cientistas.

A escola também conta com laboratórios de última geração, e os alunos ainda trocam experiências e participam de projetos com pesquisadores do CNPEM.

Experiência

Livia também se inscreveu para admissão na área de neurociência em universidades de fora do país, como Harvard e Stanford. Os resultados estão previstos para sair em março e abril.

Atualmente, Livia é vice-presidente do Neurominds, organização global sem fins lucrativos que trabalha na arrecadação de fundos e na conscientização sobre doenças neuronais.

Ela ganhou prêmio de melhor projeto final na Harvard Undergraduate International Relations Scholars Program (HUIRSP), fundou o Núcleo Brasileiro de Jovens na Neurociência (Nexus) e foi aceita com bolsa de 100% no programa imersivo de neurotecnologia da Universidade Washington em  St. Louis.

A maior dificuldade que a jovem acredita enfrentar durante a formação será a adaptação a uma nova cidade, bem como viver longe da família e dos amigos. Depois de terminar o curso, Livia planeja voltar a Brasília, mas sem abrir mão do desejo de estudar fora.

Depois de ingressar na Ilum, ela pretende continuar a aproveitar todas as oportunidades. “Conheci os laboratórios virtualmente e estou animada para os experimentos pessoalmente. Quero aprender tudo: fazer aquilo que eu mais gosto”, finalizou a estudante.

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