Pequim retalia Donald Trump, que se diz otimista com o acordo, além de destacar sua boa relação com o presidente chinês, Xi Jinping
Em nova etapa da guerra comercial, tarifa de 125% imposta pela China sobre produtos americanos inicia neste sábado (12). Retaliação foi uma resposta direta às tarifas de 145% aplicadas pelo governo de Donald Trump. A decisão chinesa que têm gerado tensões significativas na economia global. O Ministério das Relações Exteriores da China declarou que, para que um diálogo efetivo ocorra, os Estados Unidos devem cessar suas atitudes imprevisíveis e destrutivas. A China, conforme a chancelaria, não se curvará à pressão americana, defendendo a justiça e a equidade na ordem global.
O professor de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio observa que a disputa vai além de questões comerciais, refletindo uma luta pela hegemonia global. Ele destaca a importância das alianças estratégicas dos Estados Unidos, construídas ao longo de décadas, e alerta para os riscos de um isolamento americano. Poggio também aponta para uma transformação estrutural no cenário internacional, com um aumento do protecionismo e uma diminuição das democracias. Esta mudança pode ter implicações de longo prazo para a ordem global, afetando não apenas as economias envolvidas, mas também o equilíbrio de poder mundial.
Apesar das tensões, o mercado financeiro mostrou sinais de alívio, com o dólar em queda e o Ibovespa em alta. Diogo da Luz, analista econômico, argumenta que barreiras comerciais resultam em menos produtos e preços mais altos, defendendo a abertura e a interação como caminhos para o crescimento econômico. Ele sugere que, em vez de se envolver em disputas tarifárias, as nações deveriam buscar formas de cooperação que beneficiem todas as partes envolvidas.