Em uma fila agoniante, 41 crianças aguardam por leito pediátrico na rede pública de saúde do Distrito Federal. Os dados são disponibilizados pelo portal Infosaúde e atualizados a cada duas horas por servidores da Secretaria de Saúde. O Metrópoles acompanhou a lista de espera apenas aumentar em intervalos deste domingo (14/4), variando de 36 para 41 ao longo do dia.
Dos 41 que estão à espera de serem transferidos, 29 são menores de 1 ano. Entre eles, Noah Miguel Borges da Silva tem apenas quatro meses e padece há três dias em um box de emergência no Hospital Regional de Ceilândia, sem conseguir uma vaga.
“Meu filho precisa urgentemente de uma UTI. Ele não está bem”, declarou a mãe Ellen Cristina Borges da Silva. Com bronquite, a criança está sedada, e os próprios médicos da unidade teriam dito à mãe da necessidade de conseguir um leito, segundo informou a mãe.
“A situação do meu filho é grave. Ele teve piora o dia todo, precisando do aparelho para respirar”, explicou Ellen. A família informou que vai entrar na Justiça para conseguir uma vaga para a criança.
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Painel da SES-DF, informa que 41 crianças estão à espera de leito
Reprodução/Infosaúde
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Maior parte das crianças à espera de UTI é menor de 1 ano
Reprodução/Infosaúde
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Noah de quatro meses aguarda por leito de UTI
Arquivo pessoal/Imagem cedida ao Metrópoles
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Noah estava no leito vizinho a Bryan Johne Correa Silva, de dois meses, que também aguardava por um leito pediátrico em UTI no DF. Após reportagem do Metrópoles, o bebê foi transferido nesta tarde para o Hospital da Criança, onde seguirá internado.
Sem leitos na rede
Pelo Portal Infosaúde, a informação é de que 94% da UTI pediátrica do DF está ocupada. A última atualização, contudo, é de 2 de abril. Na plataforma, havia apenas quatro vagas nas unidades em toda a rede pública.
O painel informa que, ao todo, são 90 leitos. No entanto, desses, 23 estão reservados ou bloqueados.
Conforme a secretaria de Saúde informou nesse sábado (13/4), os pacientes que aguardam por leito de UTI são regulados conforme gravidade do quadro de saúde. A classificação prioriza os casos mais graves e os judicializados
A secretaria ainda acrescentou que a transferência para o leito é realizada mediante vaga disponibilizada. O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde sobre o caso específico de Noah por volta das 22 horas deste domingo e aguarda a resposta da pasta.