Amigos e familiares de Pedro Henrique Pereira Alves, 29, reuniram-se no Cemitério do Gama, no início da tarde desta segunda-feira (19/1), para se despedir do jovem.
O brasiliense morreu no último sábado (17/2), após escorregar em um desnível na área de uma cachoeira da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, e se afogar em um ponto fundo.
Ao Metrópoles o pai da vítima, Pedro Rodrigues Alves (foto abaixo), 77 anos, contou que o filho estava acompanhado de uma das irmãs durante a viagem. Segundo ele, apesar de o filho gostar de fazer trilhas e conhecer cachoeiras próximas ao DF, “ele não sabia nadar”.
“Ele não queria muito ir, mas ninguém vai sentir que ia acontecer algo ruim, né? Ele estava andando perto de uma das cachoeiras e pisou em uma pedra que cedeu, na hora caiu direto na água. A irmã dele gritou, pediu socorro, enquanto ele se agitava na água, com as mãos para cima, tentando sair”, detalha o aposentado.
Enterro do jovem Pedro Henrique Pereira Alves, que morreu afogado em uma cachoeira de Alto Paraíso (GO), na região da Chapada dos Veadeiros 4
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Pedro Henrique fazia parte de um grupo com 11 turistas do Distrito Federal que estava na Fazenda São Bento, onde fica a Cachoeira Almécegas I. O afogamento aconteceu por volta das 12h, segundo os bombeiros de Goiás (CBMGO). Ao chegar ao local, os militare verificaram que a vítima não apresentava mais sinais vitais.
De acordo com Pedro, no momento do afogamento, o filho estava apenas com a irmã e uma amiga. “Ela gritou, mas as pessoas estavam longe. Quando foram ouvir e tentar ajudar, já era tarde demais.”
Atleta e funcionário de marcenaria
Pedro Henrique trabalhava em uma empresa de marcenaria em Taguatinga e praticava vários esportes, entre eles jiu-jitsu.
Para o pai fica a saudade de um filho que era querido pela família e trabalhador. “Ele era muito respeitoso. Fica a saudade e o amor, né? Ele era educado com todos, tinha muitas amizades também”, lamenta.
Segundo o sobrinho do jovem, Takashi Furusho, 25 anos, a vítima e a irmã dele estavam acompanhados de um grupo de excursão.
Ele acredita que a equipe responsável pelo passeio não estava equipada nem preparada para lidar com a situação.
“Houve desorganização e falta de socorro. Você paga por uma excursão e fica lá solto, sem nada. Eles tinham que ter um melhor preparo. Tinha que ter pelo menos um colete, uma corda. Eles não conseguiram ajudar em nada. Se ele estivesse com um colete, estava vivo”, alega o sobrinho.
Resgate na cachoeira
O brasiliense morreu no último sábado (17/2), após escorregar em um desnível na área da Cachoeira Almécegas 1 e cair em um ponto fundo, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO).
A corporação detalhou que o corpo da vítima foi encontrado a uma profundidade de 7 metros e retirado da água por funcionários da cachoeira. Pedro Henrique teria ficado cerca de uma hora submerso até ser localizado.
Depois das tentativas de salvamento, os militares usaram pranchas de transporte e fita tubular para levar o corpo do local do afogamento até a entrada da cachoeira – uma distância média de 1km, em terreno rochoso, acidentado e íngreme.
Na sequência, o corpo da vítima ficou sob os cuidados da Polícia Técnico-Cientifica do Estado de Goiás.
O velório foi realizado na Capela 4 na tarde desta segunda. O sepultamento ocorreu horas depois, no mesmo cemitério.