Prefeitura de São Paulo já havia informado que um homem de 41 anos foi diagnosticado com o vírus, mas faltava a análise do Instituto Adolfo Lutz.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou comunicado em que confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. A prefeitura da capital paulista já havia informado ontem que um homem de 41 anos foi diagnosticado com o vírus, mas faltava a análise do Instituto Adolfo Lutz. O exame RT-PCR deu negativo para o vírus Varicela Zoster (causador da catapora e da herpes zoster). Já a análise metagenômica do material genético confirmou o genoma do vírus da varíola dos macacos.
O homem, que não teve a identidade revelada, mora na cidade de São Paulo e esteve recentemente em Portugal e na Espanha, países que lidam com surto da doença. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas (zona oeste da capital), em bom estado clínico, de acordo com a secretaria. Todos os contatos do paciente estão sendo monitorados pelas equipes de vigilância sanitária do Estado. A capital paulista ainda tem outro caso suspeito, de uma mulher de 26 anos. Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina também acompanham possíveis infectados.
Os principais sintomas da doença — que já teve casos positivos em países da África Ocidental e Europa, além de Estados Unidos, Canadá e Argentina — aparecem de 7 a 21 dias após a infecção. Os pacientes costumam apresentar febre, dores de cabeça e musculares, inchaço dos gânglios linfáticos e erupções cutâneas. As feridas iniciam-se no rosto e depois se espalham por outras partes do corpo. O contato próximo entre seres humanos costuma ser a principal via de transmissão da varíola dos macacos, mas pode ocorrer através do compartilhamento de roupas pessoais, roupas de cama, tosses e espirros.