A fundadora do colégio particular Galois, Dulcinéia Marques, se manifestou nas redes sociais da escola, após alunos da instituição atacarem adversários em jogo de futsal com ofensas racistas. Em um vídeo publicado na página da escola, a educadora garantiu que haverá punição aos envolvidos.
Tomaremos todas as medidas, tanto pedagógicas, quanto educacionais e de direito”, prometeu a fundadora. “Não mediremos esforços para identificar, aliás, já começamos a identificar”, disse Dulcinéia.
A fundadora destacou que a ação partiu de um pequeno grupo de estudantes. “A escola está inserida na sociedade e não selecionamos os alunos”, reforçou.
Veja a declaração:
A declaração da fundadora ocorreu após virem à tona agressões racistas proferidas pelos estudantes em uma partida de futsal em 3 de abril. Os alunos do Galois chamaram os estudantes da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima de “macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho”.
Ministério do Esporte repudia
Na manhã deste sábado (13/4), o Ministério do Esporte publicou uma nota repudiando as falas preconceituosas.
“Diante de tais atos, manifestamos nosso veemente repúdio. É inaceitável que episódios de discriminação racial persistam em nossa sociedade, especialmente em um ambiente tão importante para o desenvolvimento social e pessoal como o esporte escolar”, declarou o Ministério do Esporte.
Ainda na nota, o Ministério do Esporte disse que, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, foi instituído um Grupo de Trabalho Técnico de Combate ao Racismo. Além disso, a pasta disse que será lançado, este ano, o Plano Nacional Esporte sem Racismo.
Após a situação inaceitável, a Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima denunciou o racismo e solicitou que a direção do outro colégio tome medidas imediatas para que fatos como esse não voltem a se repetir, por meio de ações educativas preventivas ao preconceito racial e social, bem como que identifique os responsáveis pelos ataques, com aplicação de medidas disciplinares e educativas.