A idosa de 94 anos que morreu durante o incêndio ocorrido nessa sexta-feira (31/5), em um dos apartamentos do Edifício Monet, em Águas Claras, já foi abandonada em um hospital do Distrito Federal. Zely Alves Curvos estava em homecare na unidade que foi atingida pelas chamas, mas, no ano passado, foi deixada no Hospital Militar de Brasília (HMAB), no Setor Militar Urbano, pelo próprio filho.
Em 17 de maio de 2023, o ex-médico Lauro Estevão Vaz Curvo foi preso em flagrante por se recusar a receber a mãe, Zely, em casa. Ela tinha recebido alta do Hmab havia 30 dias, mas nenhum parente teria aparecido para buscá-la.
Na época, o hospital acionou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A prisão de Lauro foi realizada por agentes da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin).
Lauro foi preso pelo abandono da mãe, mas acabou liberado logo em seguida, sem necessidade de pagar fiança.
O registro profissional dele junto ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) está cassado, pois, em 2021, o então ginecologista foi condenado pelo crime de violação sexual mediante fraude. Informações da entidade mostram que Lauro também teve os documentos cassados nos estados de Goiás e do Amazonas.
Na 1ª Vara de Família e de Órfãos e Sucessões de Águas Claras há um processo em que Zely foi considerada incapaz e um de seus filhos — que não era Lauro — foi nomeado curador provisório da idosa.
Socorro e combate às chamas
Nesta sexta-feira, a equipe de socorro do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) verificou que havia a presença de muita fumaça e as chamas ainda eram visíveis no apartamento da idosa, em Águas Claras. O incêndio foi controlado, ficando restrito ao quarto.
A ação rápida evitou que houvesse a propagação das chamas para todo o apartamento e atingisse unidades vizinhas. No interior da edificação, foi encontrado o corpo carbonizado da senhora.
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