Mais 3,5 mil metros quadrados de calçadas em Taguatinga

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A população de Taguatinga está prestes a ter mais 3,5 mil metros quadrados de calçada novinha. Ela fica sob a sombra das árvores da M Norte e vai dar segurança e qualidade de vida para a comunidade.

Até então, pedestres precisavam percorrer um canteiro gramado e ciclistas tinham que dividir espaço com os carros na pista. Neste ano, foi pago quase R$ 1,3 milhão para construção de 14 mil metros quadrados pela cidade.

Quando concluída, a calçada vai ligar a Avenida Hélio Prates a um condomínio residencial com cinco mil moradores pela principal avenida da M Norte, com acesso à Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 7 de Taguatinga. O passeio fica na lateral do Cemitério São Francisco de Assis. A obra, executada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), começou no 10º dia de agosto e gera 40 empregos diretos e indiretos.

“Esse setor é um polo de desenvolvimento econômico, tem um tráfego grande e a população que anda ali, a pé, não tinha calçada. Nossa intenção é que as pessoas tenham mais saúde, façam caminhadas e exercícios físicos, e tenham segurança ao caminhar”, afirma o administrador regional de Taguatinga, Geraldo César. “A construção de calçadas é um projeto do GDF para todas as cidades e tem deixado legado para a população.”

Legado para a população

Morador do local há cinco anos, o técnico em eletrônica Valdo Dias conta que o movimento naquele trecho é grande, especialmente no início da manhã e fim da tarde. “Antes as pessoas passavam pela grama mesmo, e acabou criando uma trilha. Agora temos um grande calçadão que vai facilitar muito a vida de todo mundo”, diz.

Para ele, a benfeitoria também vai promover qualidade de vida, com possibilidade de passear, fazer caminhadas e corridas, andar de bicicleta e patins. “A calçada ficou muito bonita, parece que mediram direitinho para a calçada passar pelo meio das árvores. Está uma maravilha”, valoriza.

Foi exatamente assim, aponta o administrador regional de Taguatinga, Geraldo Cesar. “Desenvolvemos o projeto de forma que o calçadão ficasse na sombra, entre as árvores. É uma calçada. É algo diferenciado para aquele setor que tem grande movimentação de pessoas, com duas grandes empresas na redondeza”, explica.

A instalação também promove segurança. O lavador de carros Naldo Lima, 23 anos, usa bicicleta para se locomover. “Eu sempre tive que dividir espaço com os carros no meio da rua. Ter essa calçada é ótimo para todos nós porque é mais seguro. Andar pela pista é muito perigoso, tem risco de ser atropelado”, afirma.

Circuito de calçadas 

Os trabalhos fazem parte de um circuito de calçadas que já passaram ou vão passar por recuperação ou construção, em processo iniciado em agosto do ano passado. O projeto é interligar os passeios de uma região à outra dentro da cidade. Esta, próxima ao cemitério, chegará à inaugurada na QNL, que, por sua vez, irá até à área próxima ao Parque Saburo Onoyama.

Também são beneficiados passeios das avenidas Samdu Norte e Elmo Serejo, a calçada que vai da frente do Detran de Taguatinga até a Delegacia da Criança e do Adolescente II, da Super Adega ao Parque Saburo Onoyama e a passarela do campo de futebol do Setor C Norte.

Oito contratos no DF 

Diretor da Divisão de Obras da Novacap, Pablo Alcides Xavier aponta que de janeiro a julho deste ano, foram construídos ou reformados 124.443,73 metros quadrados de calçadas, com R$ 10.939.364,99 empenhados, executados e pagos às empresas terceirizadas que executaram os serviços.

Atualmente, há oito contratos vigentes para execução e reformas de calçadas. Além de Taguatinga, eles abrangem Plano Piloto, Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Guará, Planaltina e Sobradinho. Juntos, eles somam 320 empregos diretos e indiretos.

Neste ano, foram concluídos seis contratos em Águas Claras, Park Way, Sobradinho, Sobradinho II, Fercal, Estrutural, Candangolândia, Guará, Octogonal, Cruzeiro, Sudoeste, São Sebastião e Santa Maria. As novas calçadas seguem um padrão criado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh): largura de dois metros e espessura entre seis e oito centímetros, conforme determinações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Acessibilidade no SIA 

De mudança para outra sede, o Instituto Cultural Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência do Brasil (Icep) pediu ajuda à Administração Regional do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).

“A calçada estava toda quebrada. Com cadeira de rodas, era impossível parar. Eles repararam o local, bem na frente do prédio”, conta Marcelo Bezerra, presidente da entidade.

Ele mesmo fez a solicitação de reparo e diz que a execução foi rápida. O trecho, apesar de pequeno, é representativo. “Pode parecer que no SIA não transite muitas pessoas com deficiência, cadeirantes, deficientes visuais, mas tem muito. Temos muitos obstáculos nos passeios, então às vezes ando na rua mesmo”, aponta.

O presidente do instituto afirma que, além das intervenções urbanísticas, é preciso ter educação das pessoas, já que não é raro o bloqueio de rampas de acessos por veículos. A ideia da Administração Regional do SIA é levar acessibilidade para todo o setor.

O órgão trabalha em um grande projeto. Inicialmente, dois pontos de mais movimento foram mapeados para receber as benfeitorias — próximo ao Icep  e à Feira dos Importados. Em tratativas com órgãos do GDF, a iniciativa prevê dar mobilidade e qualidade de vida a todos.

Gestora da cidade, Luana Machado coloca como prioridade a recuperação das calçadas e a implantação de acessibilidade. “Olhando para a pessoa que tem necessidade especial de locomoção, atendemos toda a população. É investir em qualidade para conseguir andar e evitar acidentes”, diz.

Fonte : Agência Brasilia

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