Instituto registrou em 2023 aumento de 30,6% nas ações de fiscalização ambiental no país, estratégia que resultou em queda dos alert as de desmatamento na Amazônia e no Cerrado. Dados associados ao trabalho de gestão ambiental passam a compor o ComunicaBR . Neste ano em que completa 35 anos, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) comemora o impacto do trabalho realizado em
2023 e aponta para uma mudança de comportamento, de forma inédita, com a definição
da Educação Ambiental (EA) como prioridade no planejamento de suas ações.
No ano passado, o Ibama registrou aumento de 30,6% nas ações de fiscalização
ambiental no país (em relação a 2022). No balanço de 2023, foram 21,4 mil operações
fiscalizatórias realizadas. Com base nelas, o Instituto aplicou 16,49 mil infrações
ambientais — aumento de 33,2% — e emitiu 5,88 mil embargos ambientais (crescimento
de 20,4%). O efeito dessas ações já começam a aparecer.
Dados divulgados em fevereiro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),
apontam que houve queda dos alertas de desmatamento na Amazônia e no Cerrado no
mês de janeiro. Em janeiro, cerca de 119 km² de vegetação nativa foram perdidos na
Amazônia, o que representa queda de 29% ante o total de 166,5 km² observado em
dezembro de 2023. Já no Cerrado, o desmatamento chegou a 295,9 km² no primeiro mês
deste ano, uma redução de 33% em relação a janeiro de 2023, quando atingiu 440,5 km².
O impacto do trabalho do Ibama também foi sentido nos cofres públicos: um aumento de
R$ 194,6 milhões na arrecadação, resultante da concessão de 1,3 milhão de hectares de
florestas públicas federais para o manejo florestal sustentável.
COMUNICABR – Todas as informações sobre ações, projetos e programas do Governo
Federal na área de fiscalização e gestão ambiental passam a integrar a base do
ComunicaBR, que ganha uma atualização e ampliação nesta sexta-feira, 12 de abril.
Desde que foi colocada no ar, em dezembro de 2023, a ferramenta de transparência e
comunicação pública já registrou mais de 1,5 milhão de consultas.
COMPORTAMENTO — Para 2024, o Ibama definiu, em seu planejamento, que dará
prioridade para a Educação Ambiental. O objetivo é garantir relevância para o tema por
meio de maior autonomia de atuação, uma estrutura física melhor e um orçamento mais
robusto, tornando-o transversal, com envolvimento de todas as diretorias da autarquia.
Apesar da atuação permanente do Ibama no combate aos crimes ambientais, a
priorização da EA busca a mudança de comportamento da população. Ações de
educação ambiental, inclusive a partir de procedimentos internos do Instituto, vão
contribuir para essas mudanças na sociedade.
Para o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o órgão precisa “rever processos e a
forma como com desafios que estão vivos neste país”. Ele enfatizou a necessidade de
prosseguir, em 2024, com a modernização e com uso de tecnologias para o
enfrentamento à crise climática, à perda de biodiversidade, às contaminações, e à crise
socioambiental.
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