A Polícia Federal confirmou que identificou a negociação de uma nova joia por emissários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A descoberta foi feita durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão realizado pela corporação no exterior, em conjunto com o FBI.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, “houve o encontro de um novo bem vendido ou tentado ser vendido no exterior”, o que, para a corporação, robustece as investigações que já estavam em andamento e devem ser finalizadas em julho.
A suspeita da PF é a de que a joia cravejada de pedras preciosas tenha sido dada ao então presidente Jair Bolsonaro por autoridades do Oriente Médio.
Operação da PF
Em agosto do ano passado, a PF fez operação que atingiu nomes próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão relacionados a um esquema de venda de bens entregues por autoridades estrangeiras ao ex-presidente.
Os investigadores da Polícia Federal deram o nome à operação de Lucas 12:2. O título faz referência ao seguinte trecho bíblico: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”. Nessa operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra o pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-advogado da família do ex-presidente e um assessor de Bolsonaro.
Frederick Wassef, por sua vez, advogado da família Bolsonaro, entrou em ação após o caso do desvio de um kit contendo um relógio da marca Rolex. Ele chegou a ir aos Estados Unidos recuperar o item, que foi entregue a Cid. Já o tenente do Exército Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro, teria atuado tanto nas negociações dos conjuntos quanto na tentativa de recuperar os itens.