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Professores aprovam calendário de mobilizações, e aulas voltam na 5ª

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Professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal definiram o calendário de mobilizações da categoria durante assembleia com paralisação na manhã desta quarta-feira (20/3). Sem indicativo de greve, as aulas serão retomadas nesta quinta-feira (21/3).

No encontro organizado pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), a categoria deu início às mobilizações pela Campanha Salarial 2024, com reivindicação de reajuste de 19,8%.

“Precisamos lutar para repor as perdas inflacionárias acumuladas nos últimos cinco anos. Temos uma lei, a 17ª meta do Plano Distrital de Educação (PDE). Temos também uma das menores remunerações entre todas as categorias de nível superior”, disse Samuel Fernandes, diretor Sinpro-DF.

A assembleia marcou para 20 de abril nova reunião de atualização da pauta de reivindicações. Uma nova assembleia geral com paralisação está prevista para 22 de maio.

“Precisamos alcançar a média salarial entre as categorias de nível superior, melhorar as condições de trabalho, de salas superlotadas e as nomeações de todos os professores para recompor o quadro de efetivos. Atualmente, a cada 10 professores regentes, apenas três são concursados”, acrescentou.

A atualização da remuneração é necessária para recuperar as variações decorrentes da inflação no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023, segundo o Sinpro-DF. Em média, um professor no início de carreira ganha salário-base R$ 6 mil pelo GDF. Ao final, o vencimento básico é de R$ 9 mil.

Crítica de associação de pais

A Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF) criticou a paralisação dos professores nesta quarta.

“Esta ação de protesto, embora tenha suas razões legítimas, está gerando um impacto significativo na vida das famílias que dependem da educação pública para garantir o cuidado e a educação de seus filhos”, diz trecho da nota da Aspa-DF.

A associação frisa, ainda, que, é um direito legítimo das famílias exigir a reposição das aulas perdidas e o devido amparo do Estado para garantir que seus filhos tenham acesso à educação de qualidade.

“Somente através do diálogo construtivo e da cooperação mútua será possível superar os desafios enfrentados e criar um ambiente educacional que beneficie a todos os envolvidos”, finaliza o texto.

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