Conhecido pelos negócios na Cidade do Automóvel, o empresário Edmilson Machado de Aguiar também tem associado a seu nome a fama de agressivo. Ele responde a processos por violência doméstica e tem uma medida protetiva da própria filha após suposta ameaça.
Em 7 de maio, ele foi apontado como mandante em um crime de agressão. Segundo as investigações da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), Edmilson teria contratado dois policiais civis, um aposentado e outro com a aposentadoria cassada, para que espancassem um homem que mantinha relacionamento amoroso com a ex-mulher dele.
O nome de Edmilson aparece como réu em pelo menos 16 processos, sendo três relacionados à violência doméstica, dois de ameaça e um de injúria.
Edmilson já foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e também foi alvo de inquéritos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Muitos dos processos do empresário tramitam em segredo de Justiça.
PCDF deflagra operação contra policiais corruptos
Reprodução
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O nome de Edmilson consta no quadro societário de cinco concessionárias do Distrito Federal.
Em 23 de abril, Edmilson esteve envolvido em uma outra acusação. Ele foi denunciado pelas duas filhas de tê-las ameaçado por um processo de inventário. Segundo o registro de ocorrência do caso, o empresário teria informado à tia das vítimas que “ela viveria para ver uma tragédia”. A frase direcionando que o processo fosse interrompido.
Em 29 de abril, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) concedeu medidas protetivas a uma das filhas. Ele está proibido de entrar em contato com a vítima por qualquer meio de comunicação. Edmilson também deve se manter a no mínimo 300 metros de distância.
O Metrópoles entrou em contato com Edmilson Machado de Aguiar pelos números nos documentos usados nesta reportagem sobre as acusações e se gostaria de se manifestar. Ele, contudo, negou que se tratava dele, disse que nunca se envolveu em relacionamentos longos apenas com “garotas de programa” para encontros casuais.
Em seguida, ele bloqueou o número. A reportagem também tentou contato com o advogado de Edmilson no número que consta em alguns dos tantos processos a que responde, mas não teve resposta até o momento.
O crime
No último dia 10 de abril, no período da tarde, ex-policiais civis e familiares da moça surpreenderam o casal dentro de um veículo, nas proximidades do Lago de Brazlândia.
De acordo com a investigação, o crime ocorreu a mando do ex-marido da jovem e da família dela, que não aceitam o novo relacionamento da moça. A jovem se separou do empresário e passou a namorar o rapaz de Brazlândia. Em seguida, foi morar na casa da família dele.
Os jovens foram retirados à força do carro, com o emprego de armas de fogo, e o rapaz foi jogado e mantido no chão por um dos ex-policiais.
O homem recebeu vários golpes do ex-policial e sofreu divgersas lesões. A Polícia Militar foi acionada e interveio, conduzindo todos para a 18ª Delegacia de Polícia. A Justiça já havia proibido o ex-marido de se aproximar da moça. O ex-policial civil teve a aposentadoria cassada por crimes de extorsão, concussão e associação criminosa armada.
Segundo a apuração, o ex-marido e a família da mulher registraram falsamente o desaparecimento da moça e tentaram interná-la à força em uma clínica psiquiátrica. Descoberto o falso registro e frustrada a internação, o ex-marido e a família da jovem contrataram os ex-policiais civis.