A guerra interna na facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) já tem um grupo vencedor. O líder máximo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e seus aliados ganharam a primeira queda de braço.
Os oponentes Roberto Soriano, o “Tiriça”, Abel Pacheco de Andrade, o “Vida Loka”, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o “Andinho”, foram expulsos e jurados de morte. Os três foram obrigados a entregar carros, mansões, pontos de tráfico e até mesmo renunciar a participação em empresas usadas para lavar dinheiro.
A derrota no embate, entretanto, pode impulsionar a criação de uma nova facção no país: a Primeiro Comando Puro (PCP).
Brasília (DF), 21/01/20. Marcos Willians Herbas Camacho. Marcola. Marcola vai ao Instituto Hospital de Base fazer exames.
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Marcola, líder do PCC
Marcola, líder do PCC
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Ao menos 90 policiais foram mobilizados para a escolta do preso
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Marcola está na penitenciária federal de Brasília desde janeiro de 2023
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Roberto Soriano
Roberto Soriano, o 02 do PCC
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Líderes históricos do PCC, Cego e Funchal também se voltaram contra Marcola
Reprodução/MPSP
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A descoberta da suposta nova facção é tratada como “informação preliminar” pelo setor de inteligência da Polícia Civil paulista e circula nos bastidores do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em meio ao racha histórico na cúpula do PCC.
Fontes do Ministério Público de São Paulo (MPSP) ouvidas sob reserva pela reportagem do Metrópoles não descartam que dissidentes do PCC que romperam com Marcola estejam criando uma nova facção, diante do histórico mais recente de conflitos na cúpula, a partir de 2018.
Eles, porém, veem o movimento com ceticismo, por conta do prejuízo financeiro que a divisão causaria no faturamento bilionário oriundo do tráfico de drogas.